A Espanha divulgou nesta quinta-feira (31) outro alerta de tempestade para parte da região de Valência, devastada pelas enchentes que mataram pelo menos 95 pessoas. Equipes de resgate ainda vasculham campos inundados e carros parados em busca de desaparecidos.
As autoridades locais não divulgaram quantas pessoas continuam desaparecidas após as enchentes mais mortais da Europa em anos. A ministra da Defesa, Margarita Robles, disse na noite dessa quarta-feira que o número de mortos provavelmente aumentará.
As equipes de resgate vasculharam os destroços de veículos que estavam cobertos de lama ao lado de estradas ou em campos inundados, e algumas usaram maquinário pesado para retirar os detritos das ruas, conforme mostraram imagens de televisão.
O tempo calmo voltou hoje às áreas mais atingidas ao redor da cidade de Valência, a terceira maior da Espanha. A agência meteorológica estadual Aemet divulgou seu nível mais alto de alerta para a província de Castellón. Mais ao norte, na região da Catalunha, um alerta também foi emitido para a cidade de Tarragona.
Os meteorologistas disseram que a chuva esperada para um ano caiu em oito horas em algumas partes de Valência na terça-feira (29), causando acúmulo de lixo nas rodovias e submergindo terras agrícolas em uma região que produz cerca de dois terços das frutas cítricas cultivadas na Espanha, um dos principais exportadores mundiais de laranjas.
Desde então, a tempestade que causou as chuvas torrenciais se deslocou na direção nordeste.
“Já há tempestades muito fortes na área, especialmente no norte de Castellón”, publicou a Aemet em sua conta no X. “O clima adverso continua! Cuidado!”, acrescentou, dizendo que as pessoas não devem viajar para a área.
As enchentes em Valência atingiram a infraestrutura da região, varrendo pontes, estradas, trilhos de trem e edifícios quando os rios transbordaram.
Moradores contaram ter visto pessoas subindo nos tetos de carros, enquanto uma maré agitada de água marrom corria pelas ruas, arrancando árvores e arrastando pedaços de alvenaria dos edifícios.
*(Reportagem adicional de Inti Landauro)
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Agência Brasil