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Palestinians in Gaza laid the body of slain Al Jazeera cameraman Samer Abu Daqqa to rest on Saturday (December 16), the day after he was killed in southern Gaza.
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Cerca de 85% dos assassinatos de jornalistas passam impunes, segundo um relatório hoje publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para assinalar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.

De acordo com o documento, em 2022 e 2023, houve uma queda de quatro pontos percentuais no número de assassinatos de jornalistas impunes na comparação com 2018 e de 10 pontos, na comparação com 2012.

A Unesco registrou 162 assassinatos de jornalistas e trabalhadores da imprensa em 2022 e 2023, traduzindo-se em aumento de 38% face a 2020 e 2021.

Para esta alta, a agência das Nações Unidas destaca o impacto das mortes em zonas de conflito que, com 44 mortes em 2023, atingiu o número mais alto desde 2018.

Nos países que não vivem conflito armado, “houve um pico significativo em 2022, com 60 assassinatos, o número mais alto já registrado pela UNESCO”, que no ano seguinte contrastou com o total anual (30) mais baixo desde 2008.

Em 2022, o México foi palco do maior número de assassinatos de jornalistas, com 19 casos, seguindo da Ucrânia (11) e Haiti (nove), enquanto no ano passado a Palestina registrou 24 mortes de jornalistas, à frente de México (sete) e Guatemala (cinco).

No biênio em análise, nos países lusófonos contaram-se quatro mortes: três no Brasil e uma em Moçambique.

Desde o início deste registro pela Unesco, em 2006, apenas 210 casos foram considerados resolvidos, em tempo de espera médio de quatro anos.

Em comunicado que acompanha o relatório, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pediu aos Estados-membros para “fazerem mais para assegurar que estes crimes nunca passam impunes”.

“Em 2022 e 2023, um jornalista foi assassinado a cada quatro dias apenas por fazer o seu trabalho de procurar a verdade. Para a vasta maioria destes casos, ninguém será responsabilizado. Apelo a todos os Estados-membros para fazerem mais para assegurar que estes crimes nunca passam impunes”, afirmou.

“Acusar e sentenciar estes perpetradores é uma alavanca enorme para prevenir futuros ataques a jornalistas”, acrescentou a responsável.

Agência Brasil

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