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Deputada Erika Hilton é uma das convidadas do seminário. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados.

O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, vai receber nesta quarta-feira 13, no Palácio do Planalto, a deputada Erika Hilton (Psol-SP), autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz jornada de trabalho máxima atual, a escala 6×1: seis dias de trabalho e um só de descanso.

A proposta de Hilton viralizou nesta semana nas redes sociais e levantou debate sobre a possibilidade de se adotar semana de quatro dias de trabalho e três de folga. Padilha também recebe o deputado petista Reginaldo Lopes (MG), que tem uma PEC parecida em tramitação no Congresso.

Auxiliares do presidente avaliam que não há quase nenhuma possibilidade da proposta avançar. A discussão sobre o tema, porém, é vista como positiva para o governo. Padilha, até agora, não se manifestou sobre o texto.

O entendimento no Palácio do Planalto é que a configuração atual da Câmara e do Senado não permite o avanço de projetos que preveem o aumento dos direitos dos trabalhadores. Por isso, o governo não pretende gastar capital político com a proposta.

Nesta terça-feira, o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, deu apoio à PEC em uma postagem nas redes sociais. “A proposta de alterar escala 6×1 tem meu apoio. Toda iniciativa que tem por objetivo melhorar as condições de trabalho e a vida da classe trabalhadora terá sempre nosso apoio. Se eu estivesse na Câmara já teria assinado a PEC. Temos uma luta histórica em defesa da redução da jornada de trabalho”, postou Pimenta, no X.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se manifestou na véspera, por meio de uma nota, em que defendeu que o fim da escala 6×1 deveria ser tratado em convenções e acordos coletivos entre empresas e empregados. “O MTE acredita que essa questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados. No entanto, a pasta considera que a redução da jornada de 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, diante de uma decisão coletiva”, afirma a pasta.

AgoraRN

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