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Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim
© Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Reservados

O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu neste sábado (17) trabalhar com o novo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto realizava suas últimas conversas com o presidente cessante Joe Biden sobre conflitos importantes, que vão de crimes cibernéticos a comércio, Taiwan e Rússia.

Biden se encontrou com Xi em um hotel onde o líder chinês está hospedado, à margem do fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Lima, Peru, para suas primeiras conversas em sete meses.

“O objetivo da China de uma relação estável, saudável e sustentável entre a China e os EUA permanece inalterado”, disse Xi, reconhecendo os “altos e baixos” entre os países. “A China está pronta para trabalhar com o novo governo dos EUA para manter a comunicação, expandir a cooperação e administrar as diferenças.”

Biden disse a Xi que, embora os dois líderes nem sempre tenham concordado, suas discussões foram “francas” e “sinceras”.

As conversas aconteceram dois meses antes de Trump assumir o cargo. Ele prometeu adotar tarifas gerais de 60% sobre as importações norte-americanas de produtos chineses como parte de um pacote de medidas comerciais America First. Pequim se opõe a essas medidas. O presidente republicano eleito também planeja contratar várias vozes linha-dura em relação à China para cargos de alto escalão, incluindo o senador dos EUA Marco Rubio como secretário de Estado e o deputado Mike Waltz como conselheiro de segurança nacional.

Biden tem buscado reduzir as tensões com a China, mas Washington está irritado com um recente ataque cibernético vinculado à China, que comprometeu as comunicações telefônicas de autoridades do governo dos EUA e da campanha presidencial, além de estar preocupado com o aumento da pressão de Pequim sobre Taiwan e o apoio chinês à Rússia.

Xi, que chegou a Lima na quinta-feira (14), planeja uma semana de diplomacia na América Latina que inclui um acordo de livre comércio reformulado com o Peru, a inauguração do enorme porto de águas profundas de Chancay e uma visita de estado à capital do Brasil na próxima semana. A China também anunciou planos para sediar a cúpula da Apec em 2026.

A China busca minérios metálicos, soja e outras commodities da América Latina, mas autoridades norte-americanas temem que Pequim também esteja atrás de novos postos militares e inteligência adjacentes aos EUA. A mídia estatal chinesa chama essas acusações de difamação.

* É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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