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Policial rodoviário federal teria participado do transporte de drogas para o Comando Vermelho - Foto: Divulgação/PF

Dois policiais rodoviários federais, Diego Dias Duarte (conhecido como Robocop) e Raphael Angelo Alves da Nóbrega, são investigados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no tráfico interestadual de drogas em colaboração com o Comando Vermelho (CV). Segundo as investigações, os agentes cobravam até R$ 2 mil por quilo de cocaína transportada, chegando a movimentar mais de meia tonelada em uma única operação, o que poderia render cerca de R$ 1 milhão.

Os dois PRFs foram alvos da Operação Puritas, deflagrada pela PF no dia 7 de novembro, junto a outros três policiais militares. As investigações apontam que eles eram responsáveis pelo transporte de toneladas de drogas destinadas ao CV no Ceará. Além disso, desempenhavam funções de contrainteligência e utilizavam informações sigilosas para beneficiar o grupo criminoso, incluindo evitar fiscalizações e direcionar flagrantes contra quadrilhas rivais.

O grupo operava sob o comando de José Heliomar de Souza, conhecido como Léo, identificado como líder da organização criminosa baseada em Porto Velho, Rondônia. Heliomar fornecia informações aos policiais sobre atividades do tráfico, permitindo que realizassem apreensões direcionadas contra concorrentes, enquanto parte das drogas apreendidas era repassada ao próprio líder criminoso, que chegava a ficar com até 30% da mercadoria.

Policiais alugavam veículos para transportas as drogas para o Comando Vermelho

Para tentar evitar a fiscalização, Diego e Raphael Angelo alugavam veículos para transportar os entorpecentes pelas rodovias brasileiras. Além disso, consultavam sistemas informatizados da PRF para informar rotas seguras aos membros da quadrilha e garantir o transporte sem interrupções.

Em diálogos interceptados pela PF, foi revelado que os agentes negociavam valores mínimos para realizar os fretes. Em uma conversa de dezembro de 2021, discutiram que R$ 35 mil para transportar 70 quilos de cocaína era um valor “baixo” e que deveriam cobrar ao menos R$ 1,5 mil por quilo, totalizando R$ 105 mil.

Apesar de inicialmente hesitarem em realizar uma entrega durante o período natalino, a pressão de Heliomar para concretizar o frete os convenceu, com a promessa de que isso abriria novas oportunidades para os dois.

Os investigados poderão responder por tráfico interestadual de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, o modus operandi do grupo contribuiu para o rápido crescimento da organização criminosa.

AgoraRN

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