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Fernando Haddad ministro da Fazenda foto de Fabio Rodrigues Pozzebom Agencia Brasil scaled

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que teve uma reunião definitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o corte de gastos, nesta segunda-feira 25, e que o texto será enviado ao Congresso nesta semana.

O titular da pasta, no entanto, evitou cravar uma data e afirmou que o envio do texto ao Legislativo ainda depende da disponibilidade dos presidentes das Casas. “A reunião foi definitiva com o presidente, fechamos o entendimento dentro do governo, o presidente já definiu as últimas pendências”, detalhou Haddad.

“[O envio] está dependendo do Palácio [do Planalto] entrar em contato com Senado e Câmara. Mas, já estamos preparados, está tudo redigido na Casa Civil. Vamos mandar com certeza esta semana. Agora, o dia, a hora, vai depender mais do Congresso do que de nós”, seguiu.
O governo discute há semanas o conjunto medidas que visa assegurar a viabilidade nos próximos anos do arcabouço fiscal, regra que limita o crescimento das despesas. Parte do pacote exigirá a aprovação do Congresso Nacional.

“Para fazer o anúncio tinha que haver uma decisão. A decisão foi tomada hoje na presença dos ministros que acompanharam toda a tramitação das propostas, foi pacificada pelo presidente. Agora é só uma questão de protocolo com o Congresso”, detalhou o ministro da Fazenda.

Nesta segunda, Lula passou o dia em reunião com a equipe econômica em meio à expectativa do anúncio das medidas. Entre as ideias em discussão está limitar o aumento do salário mínimo, mudar as regras de aposentadoria de militares e alterar o seguro-desemprego.

Na semana passada, Haddad afirmou que as minutas das propostas seriam apresentadas a Lula nesta segunda a fim de permitir o anúncio das medidas.

Além da reunião com a equipe econômica, o presidente teve um segundo encontro com ministros à tarde, com a presença dos chefes de outras pastas como Saúde, Educação e Defesa.

Lula convocou para a reunião os ministérios que integram a Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão que orienta o presidente nas decisões de política fiscal.

Futuro presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, participou das reuniões desta segunda-feira.
Atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Galípolo tem sido um interlocutor frequente do presidente Lula sobre o tema desde a piora da percepção do risco fiscal e a disparada dólar, Galípolo.

AgoraRN

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