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Isolda: “O plano não era só impedir a posse de Lula, mas assassiná-lo. Bolsonaro sabia, em entrevista, ele declarou que sabia” / Foto: ALRN

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) recomendou que a população assista ao filme “Eu Ainda Estou Aqui”, por retratar a turbulência e os horrores do autoritarismo durante a Ditadura Militar no Brasil. Segundo a parlamentar, a obra traz à tona um tema “mais presente do que nunca no Brasil contemporâneo”, ao abordar as consequências da repressão política que marcou aquele período sombrio da história do país.

“Um exemplo trágico das consequências da ditadura é o assassinato do ex-deputado Rubens Paiva, que ilustra a brutalidade e a violência do regime”, afirmou, ao ressaltar que o autoritarismo do passado se reflete em eventos atuais, como a tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme previsto no plano de golpe de Estado investigado pela Polícia Federal.

A deputada destacou que “o plano não era apenas impedir a posse de Lula, mas incluía assassiná-lo. O ex-presidente Bolsonaro sabia, inclusive, em entrevista, ele declarou que sabia. Não é ouvir dizer não, são provas cabais de um plano para assassinar o presidente Lula e dar um golpe e trazer a Ditadura Militar de volta para o nosso país. Eu não vi nenhum pronunciamento aqui sobre isso. Ou vai dizer que não foi tentativa de golpe”.

Segundo Isolda, “essas ameaças não afetam apenas políticos, mas toda a sociedade”, colocando em risco o direito à expressão política e a liberdade de todos. E alertou para os perigos de ideias que silenciem vozes divergentes, usando como exemplo o filme “Ainda Estou Aqui”.

“Então, o filme ‘Ainda Estou Aqui’ são as ideias de matar quem diverge. Alguém vai dizer, ‘não, não é comigo, eu não vou me importar’. Não é assim. É com a gente, sim. É com cada deputado, sim. É com o Rio Grande do Norte, sim. É com você que está me ouvindo em casa, sim”, advertiu a deputada.

A deputada ressaltou ainda que, em regimes ditatoriais, não há espaço para opiniões contrárias e alertou os potiguares para o risco de perderem direitos básicos, como o de expressar suas posições políticas. “Porque se você tem o direito de expressar suas posições políticas, na ditadura não tem”.

De acordo com as investigações, o plano golpista, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, incluía, entre outros crimes à democracia brasileira, os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

AgoraRN

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