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Canetas de Mounjaro apreendiodas no Aeroporto de Brasília
Canetas de Mounjaro apreendiodas no Aeroporto de Brasília

A detenção de duas mulheres — uma natural de Caicó (RN) e outra do Ceará, que vive e trabalha em Caicó — e de um homem de São Gonçalo do Amarante (RN), no Aeroporto de Brasília, no dia 10 de abril, levantou ainda mais questionamentos sobre os medicamentos que carregavam escondidos no corpo, sob as roupas: canetas de Mounjaro, nome comercial da substância tirzepatida.

De acordo com fontes da polícia, as canetas foram apreendidas durante fiscalização da Polícia Federal, gerando suspeitas sobre a origem e o destino dos produtos.

Mas, afinal, o que é Mounjaro?

O Mounjaro é um medicamento desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, aprovado no Brasil pela Anvisa em setembro de 2023 para o tratamento de diabetes tipo 2. A substância também vem ganhando popularidade fora do país por auxiliar na perda de peso — motivo que o tornou desejado por muitas pessoas que buscam emagrecimento rápido.

No entanto, o medicamento ainda não está disponível para venda nas farmácias brasileiras, com previsão de chegada apenas a partir do dia 7 de junho de 2025. Até lá, sua comercialização é proibida fora dos canais autorizados, o que torna qualquer entrada irregular uma infração à legislação sanitária e aduaneira.

Produtos falsificados e riscos à saúde

Recentemente, a própria Anvisa e a fabricante Eli Lilly alertaram para a circulação de lotes falsificados de Mounjaro no Brasil. Esses produtos apresentavam impurezas, bactérias e, em alguns casos, nem sequer continham a substância original. Em vez disso, foram encontrados compostos como álcool e outras substâncias perigosas.

A empresa ainda reforça que não fornece Mounjaro a farmácias de manipulação nem a distribuidores não autorizados, e que o medicamento será disponibilizado no país apenas por meio de farmácias regulamentadas.

A polêmica: impostos ou origem ilícita?

Diante da repercussão do caso, muitos se perguntam:

  • Por que os medicamentos estavam escondidos no corpo dos passageiros, debaixo das roupas?
  • Será que era apenas para evitar o pagamento de impostos de importação?
  • Ou os produtos eram falsificados, com origem ilícita?

Esses são alguns dos pontos que as autoridades buscam esclarecer. Segundo especialistas, o transporte escondido de medicamentos pode indicar tentativa de fraude, tráfico ou até mesmo risco sanitário, especialmente quando o produto não tem registro de procedência segura.

O que diz a Anvisa

A Anvisa reforça que qualquer medicamento importado sem autorização pode ser apreendido e investigado. E alerta: mesmo medicamentos com aprovação no Brasil não podem ser comercializados ou trazidos em grandes quantidades por pessoas físicas sem os trâmites legais.

O caso das canetas de Mounjaro encontradas no aeroporto de Brasília está agora sob investigação da Polícia Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As respostas sobre a autenticidade dos produtos, suas origens e os motivos do transporte clandestino devem surgir nos próximos dias.

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