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Festa da Beata Irmã Lindalva Justo é declara Patrimônio Cultural Imaterial do RN

A governadora Fátima Bezerra, sancionou a Lei Nº 10.767, DE 02 DE SETEMBRO DE 2020, que declara como Patrimônio Cultural Imaterial, Religioso e Histórico do Estado do Rio Grande do Norte, a Festa Comemorativa da Beata Irmã Lindalva celebrada na cidade de Assu-RN.

A informação consta na edição desta quinta-feira (03), do Diário Oficial do RN.

A iniciativa do deputado George Suares, da cidade de Assu, cidade de onde a irmã Lindalva é natural, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Encaminhamos este projeto também para fazer o registro da importância da Irmã Lindalva para nosso Estado e para Assu. A Beata Irmã Lindalva está em processo de canonização pela Igreja Católica, esse projeto também deve contribuir com esse objetivo e será importante para fomentar o turismo religioso no Estado”, disse o parlamentar.

Sobre o assédio que sofreu

Em janeiro de 1993, devido a uma recomendação, o abrigo Dom Pedro II, em Salvador-BA, aonde a irmã Lindalva estava trabalhando como religiosa das Filha da Caridade, teve que acolher entre os anciãos Augusto da Silva Peixoto, homem de 46 anos, que não tinha direito de ser interno, em virtude de sua idade. Ele passou a assediar Ir. Lindalva, e tornou-se insistente e inconveniente. A religiosa, com medo, procurou afastar-se o mais que pôde de Augusto. Narrou a situação a outras irmãs e intensificou sua vida de oração. Seu amor aos idosos a manteve no abrigo, e chegou a confidenciar a uma coirmã: “prefiro que meu sangue seja derramado do que afastar-me daqui”.

Os internos repreendem Augusto e insistem para que Irmã Lindalva relate o fato ao diretor do serviço social do abrigo. No dia 30 de março a funcionária Margarita Maria Siva de Azevedo, repreende Augusto, que, no dia 5 de abril, Segunda-Feira Santa, dirigiu-se à Feira de São Joaquim e comprou uma faca peixeira que amolou ao chegar no abrigo.

Sobre o seu martírio

No amanhecer do dia 9 de abril, Sexta-Feira Santa, Irmã Lindalva participou da Via-Sacra, na paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. [2]Ao regressar, serviu o café da manhã aos idosos, como de costume. A irmã – ocupada com o serviço – não percebeu que Augusto se aproximava. Foi surpreendida com um toque no ombro. Ao virar-se, recebeu os golpes que lhe tiraram a vida. Um senhor ainda tentou intervir; mas Augusto ameaçou de morte quem ousasse se aproximar. Após o crime, o assassino foi esperar a polícia sentado em um banco, na frente do abrigo. Após condenação, foi internado em um manicômio judiciário.

Os médicos legistas identificaram 44 perfurações no corpo da religiosa. Imediatamente seu assassinato foi identificado pela comunidade católica como martírio, e associaram a tragédia às celebrações da Sexta-Feira da Paixão.

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