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Ocupação de leitos na noite de quinta, dia 18, era de 100% em 11 hospitais

O Comitê de Especialistas organizado pela Secretaria de Saúde Pública – SESAP, depois de reunião realizada na terça-feira (16), para reavaliar os riscos epidemiológicos e de falência do sistema de assistência por causa do aumento no número de internações e identificação de novas variantes do SARS-CoV2 em estados vizinhos, decidiu recomendar ao Governo do Estado, que adote medidas para conter o avanço da doença.

As recomendações, foram:

Suspensão das atividades presenciais de bares e restaurantes em todo RN após 22h por 14 dias, devendo a medida ser reavaliada após esse prazo;

Suspensão das aulas presenciais das escolas privadas por 14 dias, devendo a medida ser reavaliada ao final desse período;

Criação de serviço de denúncia para pais e alunos de escolas, sejam públicas ou privadas, fazerem denúncia sobre ocorrência de casos de sintomáticos respiratórios que não tenham sido devidamente afastados do convívio, assim como suas turmas escolares não tenham sido submetidas ao protocolo orientado na Nota Informativa número 03/2021 – SESAP/SUVISA;

Adiamento do início das aulas das escolas públicas do estado por 14 dias, ao fim do qual deverá ser reavaliada a necessidade de novo adiamento;

Fortalecer os cuidados preventivos nas academias no que concerne ao uso de máscaras e distanciamento social inclusive com aplicação de multa para aqueles estabelecimentos que forem flagrados infringindo as regras.

Estabelecimento de barreiras sanitárias com os estados da Paraíba e Ceará, bem como nos portos e aeroportos, assim como implementação de barreiras sanitárias e intensificação do monitoramento e rastreio nos municípios sabidamente turísticos do estado do RN;

Busca ativa de casos e contatos, bem como monitoramento dos casos ativos pela Atenção Primária dos municípios;

Aplicar sanções previstas em lei a estabelecimentos de saúde públicos e privados, como clínicas, hospitais e laboratórios, que deixem de notificar os casos aos serviços de informação e de controle de leitos;

Ampliar a vigilância genômica no Rio Grande do Norte;

Suspender as atividades ambulatoriais de clínicas e consultórios e serviços públicos de rotina que não comprometam o cuidado continuado ao paciente;

Suspender cirurgias eletivas que demandem uso de leitos críticos na Região Metropolitana;

Proibir eventos em toda a orla do RN por 14 dias;

Abrir leitos de UTI covid-19 no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), os quais deverão ser mantidos enquanto a Taxa de Ocupação do RN estiver acima de 60%;

Ampliar a fiscalização do estado (polícia militar) nos finais de semana em bares e na orla potiguar, especialmente da região metropolitana.

Motivos

O Comitê entendeu que durante os períodos festivos e de feriado prolongado ocorreram grandes aglomerações, que tiveram reflexo no aumento do número de casos no fim de dezembro e início de janeiro e que se intensificaram nos dias iniciais de fevereiro.

As aglomerações que foram registradas durante o período do carnaval, devem ter reflexo provável nas próximas semanas.

A Região Metropolitana de Natal atingiu um platô no número de casos que se mantém alto por um período prolongado.

A Taxa de Ocupação de Leitos Críticos encontra-se acima de 80%, e na noite desta quinta-feira (18), o estado tinha 11 hospitais com 100% de ocupação das UTIs, alertando para um possível colapso de leitos.

Outra questão que levou o comitê a emitir recomendações, foi a introdução de novas variantes do SARS-CoV-2 já em circulação nos estados vizinhos (Paraíba e Ceará), com possível circulação no Rio Grande do Norte, apesar de ainda não detectadas.

Por fim, consideraram que crianças e jovens, muitas vezes assintomáticos, são responsáveis pela transmissão domiciliar a idosos suscetíveis e interações em bares e restaurantes não conseguem cumprir com as medidas do protocolo de biossegurança e distanciamento social.

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