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A recuperação prevista para a economia em 2021 e 2022 não deve beneficiar a ponta da baixa renda, que tende a manter a informalidade da última década e travar um crescimento capaz de retirar da miséria os milhões nela jogados pela pandemia.

Como alastramento da Covid, o setor de serviços parou, e o mercado sem CLT agonizou. A desigualdade entre ricos e pobres se ampliou em um país que já empurrara à informalidade, durante sua pior década em 120 anos, os menos qualificados.

Os considerados miseráveis saltaram de 11% da população em 2019 para 16% neste ano, um contingente extra de 11 milhões de pessoas sob o risco de não conseguir sair da pobreza extrema ante a falta de empregos, agravada pela lenta vacinação.

Com a impossibilidade de melhora de renda e a consequente paralisia do consumo, o ciclo tende a se alongar. As taxas de investimento e poupança são as menores desde os anos 1980, o que limita a possibilidade de tê-las como motor de crescimento. A alta dívida pública reduz a margem para programas de transferência de renda. A esse quadro o governo Bolsonaro soma a instabilidade socioeconômica, alertam especialistas, que veem risco de a pobreza se tornar estrutural.

Folha de S. Paulo

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