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Estudo feito por um grupo de cientistas internacionais com 36 pacientes, publicado no periódico Nature, avaliou biomarcadores clínicos e moleculares do Mal de Parkinson a partir da estimulação não invasiva do nervo vago e verificou que sintomas da doença podem melhorar. A terapia não invasiva promoveu melhora considerável na marcha e aspectos motores de pacientes com a doença, especialmente em terapia aplicada três vezes ao dia, durante um mês.

A diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN), neurocirurgiã Vanessa Holanda, disse hoje (9) à Agência Brasil que o estudo está mostrando nova possibilidade de terapia para ajudar no chamado freezing (congelamento) de marcha, isto é, na dificuldade que o paciente tem para começar a andar. “Já existiam outros estudos antes com a estimulação do nervo vago para epilepsia e, inclusive é feito aqui no Brasil para essa finalidade, mas agora eles estão fazendo o estímulo do nervo vago para ajudar na doença de Parkinson. E de uma forma também não invasiva”.

Para a doutora Vanessa, isso pode somar bastante na qualidade de vida desses pacientes e reduzir o risco de queda, “que é um grande problema para os pacientes com doença de Parkinson”. A técnica testada pelos pesquisadores estrangeiros é mais comum em casos de epilepsia, cefaleias, depressão, e consiste no uso de um dispositivo portátil acoplado em determinada região para receber estímulos elétricos.

Vanessa explicou que o nervo vago começa na cabeça e se estende até órgãos do tórax, como coração e pulmão, e acaba no estômago. “É um importante meio de comunicação entre cérebro e corpo e sabe-se que sua estimulação pode combater a condição de neuroinflamação, presente na doença de Parkinson”.

Agência Brasil

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