As pessoas presas acusadas de matar o empresário RAIMUNDO GONÇALVES DE LIMA NETO, que também era conhecido como “NETO DE NILTON” ou “NETINHO”, então pré-candidato a prefeito de Janduis (RN) pelo PSOL, são envolvidas com assaltos a banco, tráfico de drogas e diversos outros crimes.
Agora, a Polícia Civil dá andamento à investigação com o objetivo de prender o autor intelectual. De acordo com o delegado que preside o inquérito, Odilon Teodósio (Chefe da Delegacia de Capturas) em entrevista ao Blog Sidney Silva, “existe um mandante para o crime“.
Sobre o envolvimento do grupo com outros crimes, inclusive, homicídios, o delegado disse que está emprestando informações do inquérito à Delegacia de Caraúbas, pois, existem indícios da participação do bando em crimes registrados naquela cidade.
“Esse bando tinha ligações com o assaltante de banco, conhecido como “Perolado”, que morreu em dezembro de 2020, em confronto com a polícia da Paraíba. Ele era um assaltante compulsivo. Esse confronto aconteceu em Brejo do Cruz. O perolado portava uma escopeta calibre 12 de repetição”, disse o Dr. Odilon, que seguiu dizendo que “o grupo é grande. Nós temos elementos que indicaram que naquele período da morte de Neto, eles fizeram visitas para vários tipos de crimes. Eles tratam diariamente sobre tráfico de drogas, roubos/assaltos, entre outros”, relata.
Na investigação, o delegado disse que foram identificados dois homens daquele bando. A dupla deixou o local do crime, de moto. A identificação deles é: João Paulo (que estava no carro abordado pela PRF, semanas depois da morte de Neto, portando armas de fogo) e Antônio Alcivan Fernandes Júnior, o “Juninho Mangueira” ou “Macaíba” (também abordado pela PRF). Portanto, ambos já estavam presos.
O preso Juninho Mangueira, responde a vários processos na comarca de Caraúbas, acusado de crimes de morte, tráfico de drogas e roubos. “Hoje nós temos a certeza de que Antônio Alcivan estava no local do crime, ou seja, é autor material, juntamente com o João Paulo e os demais colaboradores que também estão presos nessa segunda leva da operação Flor do Mandacarú (Flor que nasce à noite e que com a luz do dia, se fecha”. Os outros dois presos, foram: “Dedé, já detido e Marksuel”. Ainda foi detido um cidadão que não quero nominar agora e mais uma mulher e outro homem que estão na linha de suspeição com um viés que pode nos levar ao mandante”.
Sobre a possibilidade de o crime ter tido motivação eleitoral, o delegado afirmou que ainda precisa de tempo para maturar os detalhes da investigação, por isso a prisão foi temporária com perspectiva de renovação por mais tempo. “Em crimes como esse, praticado por um grupo que se planeja, que tem conhecimento empírico desse tipo de crime, a motivação muitas vezes pode ficar, eu diria, como última instância. A morte está definida. Trazer a vida de volta, não podemos, mas, o consolo para a família, eu tenho certeza que está chegando, que é saber, o motivo que levaram a matar o seu ente querido”, afirma.
O Dr. Odilon Teodósio ainda relatou na entrevista que os assassinos de Neto de Nilton, não tinham outro motivo se não o contrato. “E se você perguntar se o contrato tinha a ver apenas com o fato de ele ser um político, eu diria que não podemos nesse momento afirmar isso, pois pode existir um viés paralelo, uma motivação paralela, tão forte quanto a político/partidária”.
*Acompanhe a entrevista em áudio: