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Grupos de proteínas tóxicas que se acredita serem responsáveis pelo declínio cognitivo associado à doença de Alzheimer chegam a diferentes regiões do cérebro precocemente e se acumulam ao longo de décadas, de acordo com um novo estudo publicado na revista Science Advances. A pesquisa é a primeira a usar dados humanos para quantificar a velocidade dos processos moleculares dessa doença neurodegenerativa e, eventualmente, pode ter implicações importantes para o planejamento de tratamentos.

Os cientistas usaram cerca de 400 amostras de cérebro post-mortem de pacientes com Alzheimer, assim como 100 tomografias PET de pessoas que vivem com a doença para rastrear o acúmulo de ‘tau’, uma das duas proteínas-chave envolvidas na doença. No Alzheimer, a ‘tau’ e outra proteína chamada beta amilóide se acumulam em nós e placas – ambas conhecidas como agregados – que matam as células cerebrais e encolhem o cérebro. Isso, por sua vez, resulta em perda de memória, alterações de personalidade e incapacidade de realizar funções cotidianas.

Na imagem, o comparativo de um cérebro saudável (esquerda) e um com a doença, que provoca a diminuição do órgão (buracos pretos). A descoberta também altera a teoria de que aglomerados se formam em um local do cérebro quando uma reação em cadeia ocorre em outras áreas; um padrão visto em ratos. Essa disseminação pode acontecer, mas não é o principal motivador, segundo os pesquisadores. Estima-se que 44 milhões de pessoas sofram da doença em todo o mundo.

Estadão

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