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O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN), Assis Cunha, pediu afastamento do cargo. O motivo é que o advogado é acusado de envolvimento em agressão a uma jovem de 18 anos durante o show de Gusttavo Lima, que ocorreu entre a noite do sábado (10) e madrugada deste domingo (11), na Arena das Dunas, em Natal. A OAB confirmou o pedido e o deferimento do afastamento.

Evento aconteceu na Arena das Dunas

Segundo relatos da mulher envolvida no caso, que prestou queixa à Polícia Civil, o homem teria se dirigido a ela e dito “eu vou te dar um murro” e, em seguida, teria empurrado o rosto dela em direção a uma mesa. Ainda de acordo com a mulher, que descreveu o caso através das redes sociais, o homem teria ameaçado amigas dela e dito que elas “não sabiam com quem estavam se metendo”. Além disso, ainda de acordo com a mulher, o homem (que não teve o nome citado por ela nas postagens) agrediu um primo dela com um soco.

“Sempre lutei pelos meus direitos, nunca aceitei nada menos do que mereço. Tenho 18 anos e em nenhum dia da minha vida meu pai pelo menos alterou a voz ao se dirigir a mim. Nenhum namorado sequer tocou de forma errada e nenhum amigo fez nada parecido. Então, não é hoje que vou aceitar um cara sem caráter, sem índole alguma, me desrespeitando publicamente!”, postou a mulher.

Ainda nas postagens, a mulher afirmou que o advogado teria alegado que “ela estava louca”, que nunca a havia visto na vida e, com a esposa, ele teria debochado dela na delegacia de Polícia.

Através de nota, a OAB/RN confirmou que foi comunicada do acontecimento “envolvendo um membro de sua diretoria” e que, diante dos fatos, “o Secretário-Geral da Seccional solicitou seu licenciamento por trinta dias por ser o maior interessado que os fatos sejam apurados com imparcialidade e deseja exercer sua defesa sem qualquer vínculo com a instituição”. O pedido foi deferido pela instituição.

“A OAB/RN é reconhecida socialmente pela defesa dos direitos individuais e coletivos e condena todo e qualquer tipo de ameaça e agressão, sobretudo contra as mulheres, mas ressalta que é também defensora histórica do direito ao contraditório e à ampla defesa, constitucionalmente definidos. A Ordem está apurando o ocorrido e tomará as medidas que se fizerem necessárias, para que os fatos sejam esclarecidos sem mais delongas”, disse a OAB.

A reportagem da Tribuna do Norte ainda não conseguiu o contato com o advogado.

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