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Ministro Alexandre de Moraes é alvo de notícia-crime – (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom)

Um grupo de delegados da Polícia Federal protocolou no Ministério Público Federal, uma notícia-crime, que refere-se ao ato de direcionar o conhecimento de um fato criminoso às autoridades, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e o delegado da Diretoria de Inteligência da PF, Fábio Alvarez Shor.

Ao todo, participam do grupo 131 investigadores que solicitam a apuração de possíveis crimes de abuso de autoridade durante a operação contra oito empresários bolsonaristas  que defenderam a efetivação de um golpe se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar as eleições deste ano. Segundo os delegados, Moraes não apresenta a “imparcialidade” que seu cargo no STF exige. No que se refere a Fábio Alvarez Shor, alegam que “é inadmissível desconhecer que os ‘investigados’ não possuem foro privilegiado”.

A operação da PF contra os empresários  ocorreu após a publicação de uma reportagem do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, denunciando a defesa de um golpe, por parte de alguns empresários, no grupo de WhatsApp “Empresários & Política”, criado em 2021. A PF comunicou que a ofensiva serviria para descobrir “se existe a orquestração de pessoas com o objetivo de apoiar e/ou patrocinar a atos de ruptura, compra de votos, interferência na lisura do pleito eleitoral e a arregimentação de pessoas aderentes a ruptura do Estado democrático de direito“.

Na notícia crime, encaminhada ao procurador-geral da República, Antônio Augusto Brandão de Aras, os delegados definem como “inacreditáveis as fundamentações dos argumentos consignados pelo ministro Alexandre de Moraes para enquadrar os oito empresários como sendo líderes de organização criminosa”. Ainda, ao longo do documento, eles pedem a anulação da investigação contra os oito empresários bolsonaristas.

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