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O primeiro turno da eleição de 2022 não terá pesquisa de boca de urna para presidente pela primeira vez desde a redemocratização. O levantamento é aquele realizado com eleitores na porta de suas seções eleitorais e divulgados quando as urnas são lacradas, no dia do pleito, a partir das 17h.

Rompendo tradição histórica do Ibope, o Ipec – fundado por ex-executivos da antiga empresa, que fechou as portas em 2021– decidiu não enviar pesquisadores às ruas no dia da eleição.

O Datafolha, empresa do Grupo Folha, realizou pesquisas boca de urna de 1989 a 2000. Depois, decidiu não mais fazer levantamentos do tipo –que são normalmente mais caros e trabalhosos pela necessidade de entrevistar muitas pessoas em um poucas horas.

A Quaest, que adota metodologia similar ao Ipec, também não fará pesquisa no domingo (2). “Não faz sentido [fazer o levantamento], dado que é muito caro e o resultado oficial sai logo em seguida”, diz Felipe Nunes, CEO da empresa.

As pesquisas de boca de urna só podem ser divulgadas a partir das 17h do dia da eleição, para evitar influência na opinião pública. Em 2018, o Ibope foi a única empresa a divulgar um estudo do tipo no 1º turno. Mostrava o atual presidente Jair Bolsonaro (à época do PSL) com 45% das intenções de votos válidos, contra 28% de Fernando Haddad (PT). No resultado oficial das urnas, o 1º teve 46% dos votos, contra 29,3% do 2º. No fim, os 2 disputaram o 2º turno.

O levantamento do Ibope naquela época entrevistou 30.000 pessoas, custou R$ 347.653,33 e foi pago, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pela própria empresa.

Nenhuma empresa de pesquisa registrou estudos de boca de urna para as eleições presidenciais de 2022. No sábado (1º.out), saem as últimas pesquisas de Ipec e Datafolha com aferição de voto para disputa para o Palácio do Planalto.

Poder 360

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