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Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse à Polícia Federal (PF) que entregou parte do dinheiro proveniente do esquema ilegal de venda de joias no exterior nas mãos do ex-chefe do Executivo. As informações são de uma reportagem da revista Veja publicada nesta sexta-feira 15. Cid teria admitido para os investigadores que participou ativamente da venda de dois relógios, um da marca Rolex e outro da Patek Phillipe.

O dinheiro da comercialização ilegal teria sido depositado na conta do seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid. Bolsonaro, então, teria recebido em mãos US$ 68 mil, que foi entregue de forma parcelada, com um repasse nos Estados Unidos e outro no Brasil. As joias foram recebidas por Bolsonaro por conta do seu cargo de presidente da República e, por isso, deveriam ser incorporados ao acervo da União.

Porém, as peças foram omitidas dos órgãos públicos, incorporadas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, segundo as investigações. Cid disse que achava que a venda poderia ser imoral, mas não acreditava em uma ilegalidade das vendas.

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit composto por colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo saudita para o então presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Também de acordo com a revista, o ex-ajudante de ordens afirmou que a ideia de vender as joias surgiu como uma forma de “bancar as despesas” processuais de Bolsonaro.

“O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas”, disse o tenente-coro.

AgoraRN

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