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Dia do nordestino celebra a cultura e pluralidade da região. Foto: José Aldenir/ AGORA RN
Dia do nordestino celebra a cultura e pluralidade da região. Foto: José Aldenir/ AGORA RN

O Nordeste é feito de uma pluralidade de cultura, gastronomia típica e tantas outras características regionais do povo nordestino. Neste domingo 8, é celebrado o Dia do Nordestino, data que ressalta a criatividade de um povo em tudo que faz. Seja na música, na comida, no artesanato, na moda e em vários aspectos regionais, só quem é nordestino de verdade consegue entender a importância desse dia.

A criação desta data é uma homenagem ao centenário do poeta popular, compositor e cantor cearense Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré. O Dia do Nordestino foi oficializado com a lei nº 14.952, de 13 de julho de 2009, na cidade de São Paulo. 

A região nordestina do Brasil compreende nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Além de suas deslumbrantes paisagens naturais e da característica hospitalidade de seu povo, que se tornaram clichês por serem verdadeiros, o Nordeste também é lar de figuras de grande relevância para a cultura brasileira.

Dentre tantas características regionais, a comida é um dos pontos mais fortes da região do Nordeste. No Rio Grande do Norte, é possível encontrar pelas ruas várias feiras livres que trazem matéria-prima para a produção das tão conhecidas comidas do nordeste. 

Para saber a opinião dos nordestinos sobre “o que é ser nordestino?”, o AGORA RN foi até a Feira das Rocas, ouvir feirantes nordestinos sobre o que mais representa o nordeste e qual o sentimento de ser nordestino para eles. 

Ivanilda Claudinho, 52 anos, moradora das Rocas

Ivanilda Claudinho é de Nova Cruz e está em Natal há 25 anos. Foto: José Aldenir
Ivanilda Claudinho é de Nova Cruz e está em Natal há 25 anos. Foto: José Aldenir

“Pra mim é uma comida baiana, é um tempero bom. As comidas, o milho, a macaxeira, a tapioca, aquilo que a gente planta na mão e colhe, sabe o que tá pegando, não essas que vem industrializada, essas de supermercado, é uma pra mim que não tem tanto gosto, não tem tanto valor como aquilo que a gente faz na mão. Eu já cheguei a plantar maniva, já plantei muito na roça com meu pai, batata, milho, macaxeira, então pra mim ser nordestino é isso. Então hoje eu tenho essa garra, cozinho desde os meus nove anos de idade e gosto do que faço.”

Janeilma Xavier, 57 anos, moradora da Zona Norte

Janeilma vende temperos na Feira das Rocas. Foto: José Aldenir
Janeilma vende temperos na Feira das Rocas. Foto: José Aldenir

“Coisa melhor que tem nesse mundo. Saber o que é bom, comidas boas, comidas gostosas, um bom forró, uma boa mesa posta. A nossa comida típica, a nossa cultura. Comida eu gosto de um baião de dois, feijoada, mocotózinho que é maravilhoso, temos os nossos temperos que também acompanha eles, o camarão feito com nosso lemon pepper.” 

Orlando Inácio, 54 anos, morador da Zona Norte

Orlando é morador da Zona Norte de Natal. Foto: José Aldenir
Orlando é morador da Zona Norte de Natal. Foto: José Aldenir

“São essas pessoas simples que vivem aqui na região, vivem na roça, aquela agricultura familiar. Ser nordestino pra mim é isso aí. O que mais representa o nordeste é o povo mesmo, o povo trabalhador, aquele povo da roça.”

Francisca da Silva, 68 anos, moradora de Dixt-Sept Rosado

Dona Francisca afirma que gosta de ser nordestina. Foto: José Aldenir
Dona Francisca afirma que gosta de ser nordestina. Foto: José Aldenir

“Ser nordestino é uma coisa tão importante, eu mesma gosto de ser nordestina, porque tudo que eu trabalho é do nordeste mesmo, comida nordestina mesmo, aí o povo dá muito valor a comida nordestina. Todo mundo gosta da minha comida, vem de longe, de todo território do Brasil. É o picado de carneiro, é a carne de carneiro, é o mocotó, é a buchada, é a rabada.”

Franscisco, 56 anos, morador das Rocas

Francisco vende verduras na Feira das Rocas. Foto: José Aldenir
Francisco vende verduras na Feira das Rocas. Foto: José Aldenir

“A cara do Nordeste é o Brasil, é a feira, a comida nordestina que ninguém tem. É isso que é o Nordeste.”

 

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