As ações da Petrobras iniciaram o pregão desta sexta-feira em terreno negativo, refletindo a divulgação pela empresa de uma queda superior a 40% no lucro do terceiro trimestre.
Embora o resultado já fosse esperado pelo mercado, impactou as variações nos ativos. Por volta das 11h30, os papéis preferenciais registravam uma redução de 0,17%.
A Petrobras apresentou um lucro líquido de R$ 26,63 bilhões no terceiro trimestre, indicando uma queda de 42,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A empresa, em comunicado, destacou que a diminuição nos preços do petróleo e nas margens dos derivados afetou não apenas a Petrobras, mas toda a indústria de óleo, gás e derivados.
O analista de ações da Warren, Frederico Nobre, ressaltou que “o resultado um pouco abaixo do que o mercado estava esperando parece ser fruto de efeitos não recorrentes.” Ele explicou que a Petrobras teve um gasto exploratório maior neste trimestre devido ao início de operações de novas plataformas, gerando R$ 2 bilhões adicionais em gastos exploratórios.
Outro fator impactante foi a variação cambial, uma vez que o dólar estava mais baixo neste trimestre em comparação ao anterior. Frederico explicou que isso também contribuiu negativamente para o lucro líquido.
O trimestre anterior teve alienação de ativos, o que não ocorreu nos últimos três meses, resultando em um impacto negativo adicional de cerca de R$ 3 bilhões.
Apesar do resultado abaixo das expectativas, Frederico destacou que o balanço ainda está em linha, especialmente considerando outros fatores em conformidade com a política da empresa, como os dividendos.
Em resposta ao resultado, a Petrobras aprovou um pagamento de R$ 17,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou em comunicado ao mercado que estão trabalhando para o crescimento sustentável e rentável da Petrobras, reforçando a estratégia comercial bem-sucedida nos combustíveis, tornando a empresa mais competitiva no mercado e proporcionando períodos de estabilidade para o consumidor.
Com informações da CNN
AgoraRN