O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem viagem marcada para a Rússia, prevista para este domingo 10 ou segunda-feira 11, onde buscará apoio do presidente russo, Vladimir Putin. A decisão ocorre poucos dias após os Estados Unidos anunciarem operações militares na Guiana, país em conflito com a Venezuela devido à região de Essequibo, conforme confirmado pelo Kremlin nesta sexta-feira 8.
O encontro entre Maduro e Putin coloca a Rússia no centro do conflito. Na quinta-feira 7, os EUA anunciaram um exercício militar aéreo na Guiana, descrevendo a medida como um “estímulo no entrosamento para melhorar a parceria de segurança” entre os países.
Em resposta, o ministro do Poder Popular para a Defesa da Venezuela, Padrino López, classificou a operação como uma “infeliz provocação”.
No domingo passado 3, o governo de Maduro promoveu um referendo sobre a anexação da região de Essequibo, resultando em 96% de votos favoráveis à incorporação do território.
Brasil em Alerta
Apesar de representantes russos afirmarem desinteresse em uma guerra entre Venezuela e Guiana, a posição do conflito poderia explorar a reação dos EUA, que apoiam oficialmente a Guiana. Há ainda uma pequena chance de o Brasil se envolver no conflito, caso Maduro opte por usar Roraima para cercar a Guiana.
O aumento da tensão entre Venezuela e Guiana na disputa pela região do Essequibo tem deixado autoridades brasileiras em alerta para uma possível evolução do conflito. Enquanto a diplomacia adota posição mais conciliadora, militares brasileiros na fronteira reforçam o efetivo.
Conselho de Segurança e Mediação Internacional
Após o aumento do tom de Maduro contra a Guiana, o Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta sexta-feira (8/12) para discutir a questão. O ministro das Relações Exteriores da Guiana, Hugh Todd, solicitou urgentemente a convocação da reunião para abordar a crise entre os dois países.
Na última sexta-feira 1º, o governo guianês também apelou à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, para mediar a situação. O tribunal determinou que Nicolás Maduro não tomasse qualquer atitude sobre Essequibo, reconhecendo a ameaça do governo venezuelano.
Com informações do Metrópoles
AgoraRN