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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Washington Costa/Fazenda
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Washington Costa/Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira 2 que críticas à austeridade fiscal, vindas do próprio partido – o PT (Partido dos Trabalhadores)– não podem acontecer simultaneamente às comemorações da sigla relacionadas aos pontos positivos do 1º ano de gestão.

Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad disse que seus críticos co-partidários desconsideram a participação do ministério nos resultados e os atribuem inteiramente ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula! E o Haddad é um austericida.’ Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver”, disse em entrevista.

O ministro acumula uma série de divergências dentro e fora do partido em relação às medidas para atingir a meta de deficit zero nas contas públicas em 2024. O PT emitiu um parecer crítico ao que chamou de “austericídio fiscal” nas políticas econômicas do Brasil.

Haddad discutiu com a deputada federal e presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR) em evento no início de dezembro. Na entrevista desta terça, ele disse: “Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala ‘está tudo errado, tem que mudar tudo’”.

Depois da publicação, figuras do partido repercutiram a fala do ministro da Fazenda. Gleisi disse que o partido está no “direito” de alertar o governo sobre uma “política fiscal contracionista” e que não considera estar “tudo errado” com as propostas do órgão.

O também deputado petista Lindbergh Farias (PT-RJ) foi às redes sociais comentar a entrevista de Haddad. Negou que o partido diga que “está tudo errado”. Disse que o governo teve muitos acertos, mas que a meta de déficit zero não seria uma delas.

O líder do governo na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR) disse que a oposição ao ministro vem de “uma minoria no PT”.

AgoraRN

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