Durante uma procissão em homenagem aos quatro anos de morte do general iraniano Qassem Soleimani, nesta quarta-feira 03, explosões ocorreram, resultando em várias crianças entre as vítimas fatais, conforme afirmou o analista político iraniano Mostafa Khoshcheshm, consultado pelo Al Jazeera.

Até o momento, foram confirmadas 103 mortes, e 141 pessoas ficaram feridas. Embora o governo tenha classificado as explosões como atentados terroristas, nenhum grupo reivindicou o ataque.

Gholam Hossein Mohseni-Ejei, chefe do Judiciário do Irã, emitiu um comunicado prometendo que os responsáveis pelo ataque serão punidos: “Os agentes e perpetradores deste crime grave serão, sem dúvida, punidos. As agências responsáveis ​​de inteligência, segurança e aplicação da lei são obrigadas a perseguir prontamente todas as provas e os perpetradores e entregá-los ao judiciário”.

As explosões ocorreram em uma rua em direção ao cemitério na cidade de Kerman, onde o corpo do general Soleimani está enterrado, cerca de 700 metros do túmulo. A imprensa local relatou diversos corpos espalhados pelo local.

A morte de Qasem Soleimani resultou em retaliação contra os EUA, pois o general era chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e uma figura poderosa no país. Ele foi morto em Bagdá por drones, uma operação ordenada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na época, o Pentágono justificou a ação alegando que Soleimani era responsável pela morte de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos.

*As informações são do Metrópoles.