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O avião comercial que colidiu com uma aeronave da Guarda Costeira do Japão havia recebido permissão para pousar - Foto: Reprodução
O avião comercial que colidiu com uma aeronave da Guarda Costeira do Japão havia recebido permissão para pousar - Foto: Reprodução

O avião comercial que colidiu com uma aeronave da Guarda Costeira do Japão em um acidente no aeroporto de Haneda, em Tóquio, havia recebido permissão para pousar, disseram executivos da Japan Airlines. A polícia se prepara para investigar se o acidente ocorrido nesta terça-feira, 2, envolveu negligência profissional. As informações são de reportagem do The Guardian.

Questionados em uma entrevista coletiva se o voo havia obtido permissão de pouso do controle de tráfego aéreo, os funcionários da companhia aérea disseram: “nossa compreensão é que foi concedida”.

Todos os 379 passageiros e tripulantes do avião da Japan Airlines escaparam da aeronave por escorregadores infláveis minutos antes de o Airbus ser consumido por chamas. Cinco pessoas do avião da Guarda Costeira morreram e apenas o piloto, gravemente ferido, sobreviveu.

A emissora pública do Japão NHK disse ter descoberto discrepâncias entre os relatos do acidente fornecidos pelo controle de tráfego aéreo e o capitão do avião da Guarda Costeira, segundo o jornal britânico.

O controle de tráfego aéreo havia autorizado o avião da Japan Airlines a pousar na pista C em Haneda e disse ao avião menor para parar antes da mesma pista, segundo a NHK, citando uma fonte não identificada do Ministério dos Transportes. No entanto, uma fonte da Guarda Costeira disse à emissora que seu piloto havia recebido autorização para decolar.

A Japan Airlines e o Ministério dos Transportes se recusaram a comentar diretamente as trocas de mensagens entre controladores de voo e os dois aviões, citando a investigação em curso.

O Ministério dos Transportes divulgou uma transcrição da comunicação do controle de tráfego aéreo cerca de 4 minutos e 27 segundos antes do acidente, que não mostrou uma aprovação clara para a decolagem do avião da Guarda Costeira.

De acordo com o texto, o controle de tráfego aéreo de Tóquio deu permissão ao Airbus A350 da Japan Airlines para pousar na Pista C. O piloto do avião da Guarda Costeira disse que estava taxiando para a mesma pista, e o controle de tráfego o instruindo a prosseguir até a linha de parada à frente da pista. O controlador observou que a Guarda Costeira tem prioridade de partida, e o piloto disse que estava se movendo para a linha de parada. Sua comunicação termina aí. Dois minutos depois, houve uma pausa de três segundos, indicando aparentemente o momento da colisão.

Investigação

A polícia iniciou uma investigação separada sobre possível negligência profissional e disse que os investigadores examinaram os destroços na pista e estavam conduzindo entrevistas. Nesta quarta-feira, 3, seis especialistas da Junta de Segurança no Transporte do Japão examinaram o que restava das aeronaves.

As imagens de TV mostraram as asas gravemente danificadas do avião de passageiros (A350) entre as partes queimadas e quebradas da fuselagem. O avião da guarda costeira se assemelhava a um monte de destroços. Os investigadores planejam entrevistar os pilotos, funcionários e também os controladores de tráfego aéreo para descobrir como as duas aeronaves acabaram simultaneamente na pista, disse a junta. Os dois lados tinham compreensões diferentes sobre a permissão para usar a pista.

Tadayuki Tsutsumi, executivo gerente da Japan Airlines, disse em uma entrevista coletiva na terça-feira à noite que o A350 estava fazendo uma “entrada e pouso normais” na pista. Outro executivo, Noriyuki Aoki, disse que o voo havia recebido permissão para pousar.

Os funcionários de controle de tráfego aéreo deram permissão ao avião da Japan Airlines para pousar enquanto diziam ao piloto da guarda costeira para esperar antes de entrar na pista, mostrou a transcrição do Ministério dos Transportes. Mas, de acordo com um relatório da televisão NHK, o piloto da Guarda Costeira disse que recebeu permissão para decolar. A Guarda Costeira disse que está verificando essa alegação. (Com agências internacionais).

AgoraRN

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