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Intuitive Machines' Odysseus spacecraft passes over the near side of the Moon following lunar orbit insertion on February 21, 2024, in this handout image released February 22, 2024.    Intuitive Machines/Handout via REUTERS    THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. NO RESALES. NO ARCHIVES. MANDATORY CREDIT
© REUTERS/Intuitive Machines

Uma espaçonave construída e pilotada pela empresa particular Intuitive Machines, sediada em Houston, tocou o solo perto do polo sul da Lua nessa quinta-feira (22), o primeiro pouso dos Estados Unidos (EUA) na superfície lunar em mais de meio século e o primeiro inteiramente realizado pelo setor privado.

Batizado de Odysseus, o módulo robótico de pouso de seis pernas tocou o solo por volta das 20h23 de ontem, informaram a empresa e comentaristas da Nasa, a agência espacial norte-americana, em transmissão conjunta, do centro de operações da missão da Intuitive Machines em Houston.

Conforme planejado, acredita-se que a espaçonave tenha pousado em uma cratera chamada Malapert A, próxima ao polo sul da Lua.

O pouso, que ocorre um dia após a espaçonave ter alcançado a órbita lunar e uma semana depois de seu lançamento da Flórida, foi confirmado por sinais transmitidos de volta, a cerca de 384 mil quilômetros, para o controle da missão.

A comunicação com o veículo, no entanto, levou vários minutos para ser restabelecida, e o sinal inicial estava fraco, deixando o controle da missão incerto quanto à condição e posição exatas do módulo de pouso, disseram os controladores de voo ouvidos na transmissão..

A espaçonave não foi projetada para fornecer vídeo ao vivo.

O pouso ocorreu após uma falha de 11 horas no sistema de navegação autônoma da espaçonave, que exigiu dos engenheiros na Terra uma solução alternativa.

O veículo carrega um conjunto de instrumentos científicos e demonstrações de tecnologia para a Nasa e vários clientes comerciais, projetados para operar por sete dias com energia solar antes que o Sol se ponha sobre o local de pouso.

A carga útil da Nasa se concentrará na coleta de dados sobre as interações do clima espacial com a superfície da Lua, radioastronomia e outros aspectos do ambiente lunar para futuros pousos e o retorno planejado de astronautas da Nasa no fim da década.

A missão não tripulada IM-1 foi enviada à Lua na quarta-feira (21), em um foguete Falcon 9, lançado pela empresa de Elon Musk, SpaceX, do Centro Espacial Kennedy, da Nasa, em Cabo Canaveral, na Flórida.

O pouso dessa quinta-feira representou a primeira descida controlada à superfície lunar por uma espaçonave dos EUA desde a Apollo 17 em 1972, quando a última missão tripulada da Nasa tocou o solo lunar com os astronautas Gene Cernan e Harrison Schmitt.

Até hoje, naves espaciais de apenas quatro países já pousaram na Lua — a antiga União Soviética, a China, a Índia e, mais recentemente, no mês passado, o Japão. Os Estados Unidos são os únicos que já enviaram seres humanos à superfície lunar.

O sucesso do Odysseus também marca o primeiro “pouso suave” na Lua por um veículo fabricado e operado por uma empresa particular e o primeiro sob o programa lunar Artemis, da Nasa, uma vez que os EUA correm para levar astronautas de volta ao satélite natural da Terra antes que a China pouse sua própria espaçonave tripulada por lá.

A Nasa pretende pousar sua primeira missão Artemis tripulada na Lua no fim de 2026, como parte de uma exploração lunar sustentada de longo prazo e um trampolim para eventuais voos humanos para Marte. A iniciativa concentra-se no polo sul da Lua, em parte porque há suposta abundância de água congelada que pode ser usada para suporte à vida e para a produção de combustível de foguete.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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