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Ex-presidente Bolsonaro cumprimenta apoiadores na Avenia Paulista. Foto: Fotos públicas/Reprodução
Ex-presidente Bolsonaro cumprimenta apoiadores na Avenia Paulista. Foto: Fotos públicas/Reprodução

Milhares de bolsonaristas se reuniram no último domingo 25 na Avenida Paulista em um ato em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O Governo de São Paulo afirma que 750 mil pessoas estiveram presentes, mas um grupo de pesquisadores da USP estimou o público em 185 mil presentes.

Durante o ato, Bolsonaro disse que sofre uma perseguição que se recrudesceu depois que deixou a Presidência no fim de 2022. Ele pediu anistia a presos do 8 de Janeiro e negou liderar uma articulação golpista depois da derrota nas eleições.

Ele minimizou a existência da “minuta do golpe”, da qual foi o mentor, segundo a Polícia Federal (PF). Segundo ele, estados de sítio e defesa estão previstos na Constituição e só poderiam ser acionados depois de consulta a conselhos da República e deliberação do Congresso, o que não ocorreu.

A manifestação com milhares de pessoas foi convocada pessoalmente por Bolsonaro para mostrar força política e apoio popular no momento em que ele e aliados são pressionados por inquéritos da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele se mostrou satisfeito com a adesão dos apoiadores e disse que a “fotografia vai rodar o mundo”.

O AGORA RN buscou ouvir parlamentares potiguares que estiveram presentes no ato.
Entre os deputados que estiveram presentes no ato convocado pelo ex-presidente, estavam os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves e o deputado estadual Coronel Azevedo, todos do PL.

Em vídeo publicado nas redes sociais, General Girão ressaltou que o ex-presidente “foi um grande pacificador”.

Em entrevista ao AGORA RN, ele definiu o protesto como uma demonstração de patriotismo. “Nós tivemos uma clara demonstração de patriotismo, civilidade, união e esperança. Em uma Avenida Paulista pintada de verde e amarelo, brasileiros mostraram o compromisso com a democracia e a vontade de construirmos juntos um país melhor e mais digno”, disse.

Para ele, Bolsonaro “pegou a liberação para os manifestantes presos no ano passado, ao mesmo tempo em que defendeu penas rigorosas para os que cometeram vandalismo”.

Procurado pela equipe do AGORA RN, Coronel Azevedo afirmou que o evento em São Paulo foi um ato nacional, e não uma manifestação pontual em uma avenida. “Foi um grito do povo brasileiro de alerta ao mundo sobre a situação do Brasil. A população disse ‘não’ ao que se vive no presente para que esse presente desastroso de hoje não seja uma rotina no futuro”, relatou.

Segundo ele, os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023 foram transformados em “uma narrativa de classificar uma parte enorme da população brasileira como antidemocrática”. Além disso, ele crê que o Brasil vive um momento de medo. “Hoje no Brasil vivemos o medo de perseguições políticas, temos cidadãos de bem valendo menos do que os infratores”, completou.

“O que está havendo no Brasil é o uso das instituições para promover uma perseguição implacável contra o presidente Bolsonaro. Acusam Bolsonaro de tudo, querem transformá-lo em ladrão de jóias, importunador de baleias e golpista de um golpe que não ocorreu”, concluiu Azevedo.

Governistas

Já a deputada federal Natália Bonavides (PT) falou ao AGORA RN que a manifestação foi “um ato de quem sabe que cometeu crimes e que já há provas para ele ser condenado”. Ela ressalta que acredita que Bolsonaro cometeu crimes contra a democracia e contra a vida da população brasileira.

“Tanto que resolveu confessar, em ato público, que conspirou para tentar mudar o resultado das urnas e prender quem ele reconhecia como opositores políticos”, completou.

“Ele sabe da gravidade dos seus atos e da quantidade de provas, por isso recorreu a essa espécie de ‘chantagem’ para tentar fugir da responsabilidade dos crimes que cometeu ao longo da vida. Não irá conseguir! Com certeza as ações para punir o golpismo bolsonarista e de todos os seus cúmplices irão prosseguir e avançar”, finalizou Bonavides.

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) também se pronunciou e afirmou que o evento se tratou de um ato para buscar impunidade. “É mais um capítulo do que a direita tem feito no último ano: depois de tentar dar o golpe, querem a anistia diante do crime que cometeram contra a democracia. Buscam a impunidade para repetir o que fizeram contra o povo”, argumentou.

AgoraRN

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