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Putin durante discurso em Moscou
 29/2/2024   REUTERS/Evgenia Novozhenina
© REUTERS/Evgenia Novozhenina

O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu os países ocidentais nesta quinta-feira (29) de que há risco genuíno de guerra nuclear se eles enviarem seus próprios soldados para lutar na Ucrânia. Acrescentou que Moscou tem armas para atingir alvos no Ocidente.

Dirigindo-se ao Parlamento e a outros membros da elite do país, Putin, de 71 anos, reafirmou a acusação de que o Ocidente está empenhado em enfraquecer a Rússia e sugeriu que os líderes ocidentais não entendem como seria perigosa sua intromissão no que classificou como assuntos internos da Rússia.

Antes de fazer a advertência, ele fez referência a uma ideia, lançada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na segunda-feira (26), de membros europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) enviarem tropas terrestres para a Ucrânia – sugestão que foi rapidamente rejeitada pelos Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido e outros.

“[As nações ocidentais] precisam se dar conta de que também temos armas que podem atingir alvos em seu território. Tudo isso realmente ameaça um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização. Será que eles não entendem isso?”, disse Putin.

O presidente, que falava antes da eleição presidencial de 15 a 17 de março, quando certamente será reeleito para novo mandato de seis anos, elogiou o arsenal nuclear amplamente modernizado da Rússia, o maior do mundo.

A guerra na Ucrânia desencadeou a pior crise nas relações de Moscou com o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962. Putin já havia alertado sobre os perigos de um confronto direto entre a Otan e a Rússia.

Visivelmente irritado, o líder supremo da Rússia por mais de duas décadas sugeriu que os políticos ocidentais se lembrem do destino daqueles que, no passado, invadiram o país sem sucesso, como Adolf Hitler, da Alemanha nazista, e Napoleão Bonaparte, da França.

“Mas agora as consequências serão muito mais trágicas. Eles acham que isso [a guerra] é um desenho animado”, disse.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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