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Rescuers and medics search for dead bodies inside the damaged Al Shifa Hospital after Israeli forces withdrew from the hospital and the area around it following a two-week operation, amid the ongoing conflict between Israel and Hamas, in Gaza City April 8, 2024. REUTERS/Dawoud Abu Alkas
© REUTERS/Dawoud Abu Alkas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu, neste domingo (21), aumentar a “pressão militar” sobre o Hamas “nos próximos dias”, sem mencionar um ataque à cidade superlotada de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

“Vamos desferir-lhe novos golpes duros – e isso vai acontecer em breve. Nos próximos dias, vamos aumentar a pressão militar e política sobre o Hamas, porque é a única forma de libertar os nossos reféns e de obter a nossa vitória”, declarou o governante israelense em vídeo divulgado na véspera da Páscoa judaica.

O conflito entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas foi desencadeado pelo ataque de 7 de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelenses, a maioria civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.

Israel, que prometeu destruir o movimento islâmico, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas quase 34 mil pessoas, a maioria também de civis.

A ofensiva israelense também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de 2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e a escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Os israelenses também têm protestado nas ruas contra o governo de Netanyahu, quer para reclamar o regresso dos reféns feitos pelo Hamas, quer para contestar a obrigatoriedade de os judeus ultraortodoxos se alistarem no Exército israelense.

O Exército de Israel anunciou hoje o fim de uma operação de mais de 50 horas no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, na Cisjordânia, que deixou 14 mortos e dezenas de detidos.

As forças israelenses confirmaram que nove soldados e um agente da polícia fronteiriça ficaram feridos durante a operação junto da cidade de Tulkarem, e o estado de saúde deles varia de leve a grave.

Embora órgãos palestinos, citando fontes familiares, tenham noticiado na sexta-feira a morte de um líder local da Jihad Islâmica, Muhamad Jaber, conhecido como Abu Shuja, o militante apareceu em imagens publicadas nas últimas horas pela imprensa local, nos funerais das vítimas da operação.

De acordo com fontes locais, os mortos tinham entre 16 e 39 anos e os seus corpos foram transportados do Hospital Mártir Thabet Thabet até o cemitério.

Israel estima que existam 15 detidos, enquanto o Clube dos presos Palestininos acredita que sejam 50, embora muitos tenham sido libertados nas últimas horas após os interrogatórios.

Palestinos que vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental iniciaram greve em protesto contra a recente operação militar de Israel no campo de refugiados.

Convocada pelo movimento Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a greve abrange atividades em escolas, universidades, lojas, bancos e empresas, bem como em todas as rotas de transporte público, segundo a agência de notícias palestina Wafa..

A Cisjordânia ocupada vive a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005). Só nos primeiros quatro meses de 2024, pelo menos 138 palestinos foram mortos por fogo israelense, a maioria supostos milicianos ou agressores, mas também civis, incluindo cerca de 30 menores, segundo contagem da agência EFE.

O Exército intensificou as suas frequentes incursões na Cisjordânia após o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023 em Israel – desencadeando a atual guerra na Faixa de Gaza -, e, desde então, cerca de 468 palestinos morreram em incidentes violentos com tropas ou colonos israelenses..

Na sexta-feira (19), a União Europeia aplicou sanções a quatro pessoas e duas organizações acusadas de violação dos direitos humanos na expansão de colônias na Cisjordânia. Os Estados Unidos fizeram o mesmo em relação a duas entidades envolvidas na coleta de fundos para colonos extremistas que já haviam recebido sanções e são acusados de atacar regularmente os palestinos.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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