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Mulher vota em segunda fase da eleição na Índia em Barmer, Rajasthan
 26/4/2024   REUTERS/Adnan Abidi
© REUTERS/Adnan Abidi

A Índia vota nesta sexta-feira (26), na segunda fase da maior eleição do mundo, com o primeiro-ministro Narendra Modi e seus rivais elevando o tom da campanha, concentrando-se em questões polêmicas como discriminação religiosa, ação afirmativa e impostos.

Quase 1 bilhão de pessoas estão aptas a votar nas eleições gerais em sete fases, que começaram em 19 de abril e terminam em 1º de junho, com a contagem dos votos prevista para 4 de junho.

Modi está buscando um terceiro mandato consecutivo com base em seu histórico econômico, medidas de bem-estar, orgulho nacional, nacionalismo hindu e popularidade pessoal. As pesquisas sugerem que ele ganhará com maioria confortável.

Seus adversários formaram uma aliança com mais de duas dúzias de partidos e estão prometendo maior ação afirmativa, mais assistência social e o fim do que chamam de governo autocrático de Modi.

Um total de 88 das 543 cadeiras da câmara baixa do Parlamento vão às urnas, com 160 milhões de pessoas aptas a votar em 13 estados e territórios federais.

O comparecimento dos eleitores na metade do processo era de 39%, informou um porta-voz da Comissão Eleitoral (CE). A CE e os partidos políticos estavam preocupados com o fato de que o clima quente fora de época e os casamentos em algumas partes do país afetariam o comparecimento às urnas.

Mais da metade dos assentos nas disputas desta sexta-feira estão nos estados de Kerala e Karnataka, no sul do país, e no estado de Rajasthan, no noroeste.

A campanha ficou mais acirrada desde a primeira fase da votação, em 19 de abril, quando Modi e o principal grupo de oposição, o Partido do Congresso, se enfrentaram em questões comunitárias. Modi acusa o Congresso de favorecer a minoria muçulmana, a fim de diluir a ação afirmativa e planejando impor um imposto sobre herança.

O Congresso negou as acusações e disse que Modi teme perder e usa linguagem divisiva para distrair os eleitores de questões reais, como desemprego, aumento de preços e dificuldades rurais.

Rahul Gandhi, ex-presidente do Congresso e o rosto do partido, está entre os 1.200 candidatos na disputa. 

“Esta eleição não é uma eleição normal porque, pela primeira vez na história da Índia, um partido e uma pessoa estão tentando acabar com a Constituição e a democracia da Índia”, disse Gandhi em comício eleitoral, em uma região de Karnataka que vota na próxima semana.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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