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Presidential candidate Jose Raul Mulino waves on stage as his wife Marisel Cohen de Mulino looks towards him after he was declared the winner of the presidential election based on preliminary results by the electoral authority, in Panama City, Panama, May 5, 2024. REUTERS/Daniel Becerril     TPX IMAGES OF THE DAY
© REUTERS/Daniel Becerril

O conservador José Raul Mulino é o novo presidente do Panamá, depois de vencer as eleições presidenciais com quase 35% dos votos, mais nove pontos percentuais do que o segundo classificado, que já admitiu a derrota.

O presidente do Tribunal Eleitoral (TE), Alfredo Junca, anunciou nesse domingo (5) à noite a vitória a Mulino em um telefonema transmitido ao vivo pela televisão do Panamá.

Antigo ministro da Segurança, Muino, de 64 anos, tinha quase 35% dos votos com mais de 92% das urnas já contabilizadas.

O sistema eleitoral do Panamá não prevê segundo turno, por isso a presidência vai para o candidato com o maior número de votos, não sendo necessário obter mais de 50%.

“Não me sinto encorajado por confrontos de qualquer tipo”, afirmou Mulino, garantindo que vai procurar o consenso político e promover “um governo que seja a favor do setor privado”, mas sem esquecer os mais necessitados.

O candidato de centro-direita Ricardo Lombana, que ficou em segundo lugar na votação e tem um programa centrado no combate à corrupção, já falou com os apoiadores e reconheceu a vitória de Mulino.

No entanto, Lombana avisou o futuro chefe de Estado para não “se afastar da vontade popular”, não “se atrever a privatizar a educação”, “usar métodos autoritários para reprimir o povo” ou renegociar um polêmico contrato de mineração.

No final de novembro, o Supremo Tribunal de Justiça do Panamá (CSJ) decidiu que a extensão da exploração na maior mina de cobre da América Central, acordada pelo ainda presidente Laurentino Cortizo, era inconstitucional.

A extensão gerou semanas de protestos e bloqueios nas principais estradas do país.

Cerca de 3 milhões de eleitores do Panamá foram nesse domingo às urnas para eleger o novo presidente do país, sucessor de Laurentino Cortizo, numa corrida que tinha sido antecedida de uma batalha judicial.

Na sexta-feira (3), o CSJ ratificou a candidatura de José Raul Mulino, substituto de última hora do ex-presidente Ricardo Martinelli, que era o candidato presidencial do partido Realizando Metas (RM).

Martinelli, que governou o Panamá entre 2009 e 2014, foi condenado a mais de 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, e está atualmente refugiado na embaixada da Nicarágua, país que lhe concedeu asilo político.

O Supremo Tribunal tinha admitido uma ação de inconstitucionalidade contra a decisão do TE de aceitar a candidatura, sob a alegação de que Mulino concorria sem um vice-presidente e que não tinha sido eleito em primárias pelo RM.

Oito candidatos concorreram à presidência, incluindo o antigo presidente Martin Torrijos, pelo Partido Popular.

Além do novo chefe de Estado, foram eleitos 20 deputados ao Parlamento Centro-Americano, 71 deputados à Assembleia Nacional, 81 presidentes de câmara, 701 representantes municipais e 11 vereadores, para mandatos até 30 de junho de 2029.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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