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A woman leaves a polling station past Indian security force personnel standing guard during the fourth phase of India's general election on the outskirts of Srinagar May 13, 2024. REUTERS/Sanna Irshad Mattoo
© REUTERS/Sanna Irshad Mattoo

Uma série de eleitores indianos foram às urnas nesta segunda-feira (13) para a quarta fase de uma eleição nacional que já dura sete semanas, à medida que a retórica dos candidatos se tornava mais estridente em relação às disparidades econômicas e divisões religiosas.

O país mais populoso do mundo começou a votar em 19 de abril em uma eleição de sete fases, na qual quase um bilhão de pessoas estão aptas a participar, com a contagem das cédulas prevista para 4 de junho.

O primeiro-ministro Narendra Modi busca um raro terceiro mandato consecutivo em uma disputa que coloca seu Partido Bharatiya Janata (PBJ) contra uma aliança de mais de duas dúzias de partidos de oposição, incluindo seu principal rival, o Partido do Congresso.

“Faço um apelo a todos para que votem em um governo decisivo”, disse Amit Shah, poderoso aliado de Modi e ministro do Interior do país, no início da votação.

A votação desta segunda-feira para 96 assentos parlamentares abrange em grande parte os Estados do sul e do leste de Telangana, Andhra Pradesh e Odisha, onde o PBJ não é tão forte quanto no Norte e Oeste do país.

Srinagar, a principal cidade do conturbado Vale da Caxemira, também está votando pela primeira vez desde a decisão de Modi em 2019 de remover a semiautonomia da região. O PBJ não está concorrendo no local, uma vez que os analistas tem dito que o resultado poderia contradizer a narrativa de Modi de uma Caxemira pacífica e mais integrada.

A polícia impôs restrições às aglomerações públicas antes da votação na região militarizada, enquanto os partidos de oposição disseram que seus funcionários foram presos, o que foi negado pelos policiais.

Os analistas têm levantado dúvidas sobre a possibilidade de o PBJ e seus aliados obterem a vitória esmagadora prevista pelas pesquisas de opinião e disseram que o menor comparecimento às urnas fez com que Modi mudasse o rumo em sua campanha após a primeira fase.

Modi mudou o foco de seu histórico econômico para acusar o Partido do Congresso de planejar estender benefícios sociais aos muçulmanos às custas de grupos tribais e castas hindus desfavorecidos.

No mês passado, ele disse que o Partido do Congresso planejava redistribuir a riqueza da maioria dos hindus entre os muçulmanos, aos quais ele se referiu como “infiltrados” que têm “mais filhos”.

O Partido do Congresso nega ter feito tais promessas e disse que Modi está abalado com o comparecimento às urnas, o que o PBJ nega.

Cerca de 80% dos 1,4 bilhão de habitantes da Índia são hindus, mas o país também tem a terceira maior população muçulmana do mundo, com cerca de 200 milhões de pessoas. As pesquisas sugerem que os eleitores estão mais preocupados com o desemprego e os aumentos de preços.

O Partido do Congresso está defendendo uma melhor representação e programas de bem-estar para grupos pobres e desfavorecidos, afirmando que a desigualdade social piorou durante os 10 anos de Modi no governo, o que o governo nega.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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