O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”. O Itamaraty também cumprimentou a Venezuela pelo fato das eleições terem sido realizadas em clima pacífico.
“O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem [domingo] na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração”, diz a nota do MRE.
O governo brasileiro enviou como representante para acompanhar a votação o embaixador Celso Amorim, assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais. Se por um lado várias nações questionam a legitimidade da vitória e cobram transparência no processo, por outro os apoiadores do presidente reeleito falam em um momento histórico.
“Eu sou Nicolás Maduro Moros, o presidente reeleito da República Bolivariana da Venezuela. Irei defender a nossa democracia, a nossa lei e o nosso povo”, proclamou Maduro ao dirigir-se aos seus apoiantes em Caracas.
As declarações surgiram no final de um atraso de seis horas na divulgação dos resultados das eleições de domingo (28). De acordo com a apuração do conselho eleitoral, Maduro venceu 51,21 % dos votos, contra os 44,2 % do seu adversário, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia.
De acordo com a autoridade eleitoral, com cerca de 80% dos votos contados, Maduro garantiu mais de 5 milhões de votos, em comparação aos 4,4 milhões de González Urrutia.
O jornalista Manuel Quilarque viajou de São Paulo para Brasília para votar nas eleições que vão escolher o próximo presidente da Venezuela, que governará o país sul-americano entre 2025 e 2031. Ele e outros eleitores que estiveram na seção eleitoral na Embaixada da Venezuela, na capital do Brasil, neste domingo (28), manifestaram o desejo de mudança e que o resultado das urnas seja respeitado pelas autoridades.
“Estamos muito esperançosos para poder recuperar a liberdade no nosso país, que a gente consiga finalmente ter um processo de reinstitucionalização. E também que as pessoas que estão fora da Venezuela, em situação de vulnerabilidade, que estão passando por muita dificuldade, consigam, enfim, voltar para o país em condições favoráveis”, disse.
“Estamos muito esperançosos para poder recuperar a liberdade no nosso país, que a gente consiga finalmente ter um processo de reinstitucionalização. E também que as pessoas que estão fora da Venezuela, em situação de vulnerabilidade, que estão passando por muita dificuldade, consigam, enfim, voltar para o país em condições favoráveis”, disse.
O atual presidente, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013 e enfrenta nove concorrentes no pleito de hoje. Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.
Atletas femininas que participaram de um desfile de moda em Paris para marcar a paridade de gênero nas Olimpíadas comemoraram o marco alcançado nos jogos, mas disseram que ainda há muito trabalho a ser feito para melhorar as condições de trabalho, salários e visibilidade das mulheres nos esportes.
Aposentadas e na ativa, incluindo a medalhista de ouro do vôlei de praia Natalie Cook, a corredora de BMX Sarah Walker e a corredora de meia distância norte-americana Athing Mu, as atletas desfilaram na passarela com camisetas com mensagens como “Paridade em Paris” e “Eu Sou”.
Esta é a primeira edição de Olimpíada em que há um número igual de homens e mulheres competindo no geral, mas a divisão ainda varia muito por país e por esporte. Paris também é onde as mulheres participaram das Olimpíadas pela primeira vez, em 1900, quando as 22 mulheres participantes representavam apenas 2% do total de atletas.
“Sinceramente, é preciso trabalhar mais para proteger as mulheres nos esportes”, disse Ebony Morrison, que representará a Libéria nos 100 metros com barreiras, à Reuters.
Milhares de pessoas participaram de cerimônias fúnebres neste domingo (28) para 12 crianças e adolescentes mortos por um ataque de foguete nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, enquanto Israel prometeu uma rápida retaliação contra a milícia do Hezbollah no Líbano..
O Hezbollah negou qualquer responsabilidade pelo ataque em Majdal Shams, o mais letal em Israel ou em território anexado a Israel desde que o ataque do Hamas em 7 de outubro desencadeou a guerra em Gaza. O conflito já se se espalhou por várias frentes e agora corre o risco de se transformar em ações regionais mais amplas.
Jatos israelenses atingiram alvos no sul do Líbano durante a noite, mas uma resposta mais forte era esperada após uma reunião do gabinete de segurança. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu retornou de uma visita aos Estados Unidos e se reuniu com autoridades de segurança antes da reunião.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que havia todas as indicações de que o foguete que atingiu um campo esportivo onde crianças jogavam futebol havia sido disparado pelo Hezbollah e afirmou que Washington apoiava o direito de Israel de se defender.
Milhares de pessoas participaram de cerimônias fúnebres neste domingo (28) para 12 crianças e adolescentes mortos por um ataque de foguete nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, enquanto Israel prometeu uma rápida retaliação contra a milícia do Hezbollah no Líbano..
O Hezbollah negou qualquer responsabilidade pelo ataque em Majdal Shams, o mais letal em Israel ou em território anexado a Israel desde que o ataque do Hamas em 7 de outubro desencadeou a guerra em Gaza. O conflito já se se espalhou por várias frentes e agora corre o risco de se transformar em ações regionais mais amplas.
Jatos israelenses atingiram alvos no sul do Líbano durante a noite, mas uma resposta mais forte era esperada após uma reunião do gabinete de segurança. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu retornou de uma visita aos Estados Unidos e se reuniu com autoridades de segurança antes da reunião.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que havia todas as indicações de que o foguete que atingiu um campo esportivo onde crianças jogavam futebol havia sido disparado pelo Hezbollah e afirmou que Washington apoiava o direito de Israel de se defender.
Cerca de 21 milhões de venezuelanos vão hoje (28) às urnas eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.
Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.
As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.
>> Entenda como funciona e quais as críticas à eleição na Venezuela
O ministro do Interior da França disse neste sábado (27) que não pode descartar envolvimento de estrangeiros em um ataque que sabotou estações de sinalização e cabos na rede ferroviária de alta velocidade do país, causando caos no transporte no dia de abertura dos Jogos Olímpicos.
Os ataques ocorridos na madrugada de sexta-feira danificaram a infraestrutura ao longo das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no oeste, e Estrasburgo, no leste. Outro ataque na linha Paris-Marselha foi frustrado.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade.
“Quem é o responsável? Ou é de dentro ou foi ordenado do exterior, é muito cedo para dizer”, disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, à televisão France 2.
A pressão pela taxação dos super-ricos deverá aumentar diante dos crescentes desafios colocados para mitigar as mudanças climáticas. A aposta é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele celebrou a inclusão do tema nas declarações aprovadas por consenso durante a 3ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, encerrada nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro.
“As demandas por financiamento e por novas fontes de financiamento para a transição ecológica e o combate à pobreza têm crescido no mundo. Eu penso que a pressão e a mobilização social em torno dessa agenda também irá crescer”, afirmou.
O ministro já havia informado anteriormente que tinha alcançado um entendimento para que os textos das declarações incluíssem o reconhecimento de que é necessário aprofundar discussões sobre a taxação dos super-ricos. Em novo pronunciamento, pouco antes da divulgação dos dois documentos pactuados – Comunicado da Trilha de Finanças do G20 e a Declaração Ministerial sobre Cooperação em Tributação -, ele classificou como uma vitória as menções explícitas ao tema.
“É importante que todos os contribuintes, incluindo indivíduos com patrimônio líquido extremamente elevado, contribuam com a sua parte justa nos impostos. A elisão fiscal agressiva ou a evasão fiscal de indivíduos com patrimônio líquido muito elevado podem minar a justiça dos sistemas fiscais, o que é acompanhado por uma eficácia reduzida da tributação progressiva”, diz o Comunicado da Trilha de Finanças do G20.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, afirmou nesta sexta-feira (26) que um avião com ex-presidentes latino-americanos, que iriam para a Venezuela como observadores da eleição de domingo no país, não pôde decolar, por conta de um bloqueio do espaço aéreo venezuelano.
Na semana passada, a Venezuela emitiu um decreto fechando movimentos de fronteira por terra, ar e mar, a partir da meia-noite de sexta-feira. O governo disse que a medida foi tomada para manter a segurança e proteger a eleição presidencial, na qual o presidente do país, Nicolás Maduro, busca um terceiro mandato.
Entre os passageiros do avião estavam ex-presidentes, incluindo Mireya Moscoso, do Panamá, e Vicente Fox, do México.
“A aeronave não teve permissão para decolar de Tocumen, enquanto eles permanecessem a bordo”, afirmou Mulino na plataforma X.
Multidões enfrentaram filas nos controles de segurança e chuvas fortes ao se dirigirem às margens do rio Sena, nesta sexta-feira, para assistir à extravagante cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, que começou com a soltura de fumaça nas cores da bandeira tricolor da França.
A febre olímpica cresceu lentamente em Paris, onde moradores reclamaram do fechamento de ruas no coração da cidade e comércios locais criticaram as perdas nas vendas em um momento no qual a capital francesa se transformou em uma fortaleza a céu aberto.
Uma flotilha de balsas está carregando mais de 6 mil atletas pelo rio Sena, em cerimônia prevista para durar quatro horas. A cantora Lady Gaga e dançarinos já se apresentaram.
“Mal posso esperar para ver o quão incrível será”, afirmou Fejiro Ogbanufe, de 37 anos, com uma bandeira da Nigéria sobre seus ombros. Ela viajou de Genebra, na Suíça, com suas três filhas.
O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, embarca nesta sexta-feira (26) para a Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais. O pleito ocorre no próximo domingo (28) e terá na disputa o atual presidente, Nicolás Maduro, e mais nove concorrentes.
A informação sobre a ida do ex-chanceler Amorim ao país vizinho foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã, após participar de um evento. Nos últimos dias, o presidente defendeu a presença de observadores internacionais no pleito.
Cerca de 21 milhões de venezuelanos deverão eleger o próximo presidente.
O processo eleitoral na Venezuela tem sido questionado por potências como os Estados Unidos e pela União Europeia, sobretudo em pontos como a segurança do resultado das eleições. Na quarta-feira (24), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de enviar dois representantes para acompanhar o pleito, após Nicolás Maduro afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos firmaram uma parceria para combater mudanças climáticas e incentivar a transição da economia para a energia limpa. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro.
Em pronunciamento à imprensa, Haddad disse que Brasil e Estados Unidos compartilham do valor de aplicar com empenho esforços cada vez mais consistentes no sentido de promover a transição energética, em várias áreas de atuação.
Ele acrescentou que a parceria é um exemplo diplomático para outros países. “No contexto atual de grandes tensões geopolíticas, é um passo essencial para dar o exemplo da construção de um mundo melhor de forma cooperativa”, declarou.
O encontro bilateral entre Brasil e Estados Unidos foi um dos eventos paralelos à 3ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais, da Trilha de Finanças do G20.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu a todos os países que parem com os conflitos armados como parte da trégua olímpica, antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 nesta sexta-feira (26).
Em encontro com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o secretário-geral das Nações Unidas disse que os Jogos são uma chance para a paz. “Quero expressar o total apoio das Nações Unidas ao COI”, afirmou Guterres. “Vivemos em um mundo dividido, onde os conflitos estão proliferando de forma dramática.”
“O sofrimento terrível em Gaza, a guerra aparentemente interminável na Ucrânia, o sofrimento terrível [que vai] do Sudão à República Democrática do Congo, do Sahel a Mianmar”, acrescentou.
“Em um momento como este, é importante dizer que a primeira iniciativa de paz real registrada na história foi a trégua olímpica”, lembrou o secretário-geral da ONU. Durante as Olimpíadas na Grécia antiga, todos os conflitos cessaram durante os Jogos para permitir que as competições prosseguissem.
Os imigrantes venezuelanos na América do Sul e na Europa dizem que tiveram dificuldades para se registrar para votar na eleição presidencial de seu país no domingo (28), com apenas uma pequena fração capaz de superar uma série de obstáculos burocráticos.
Embora mais da metade dos quase 8 milhões de venezuelanos que emigraram na última década tenham idade para votar, os números oficiais da autoridade eleitoral do país mostram que pouco menos de 68 mil estão registrados para votar no exterior.
Grupos de defesa dos eleitores apontaram problemas que vão desde consulados fechados até solicitações de documentos variados e, segundo eles, desnecessários.
As embaixadas da Venezuela em Buenos Aires, Bogotá, Madri e Montevidéu não responderam a pedidos de comentários sobre as dificuldades dos eleitores.
Os Jogos Olímpicos começam oficialmente nesta sexta-feira (26) com uma cerimônia de abertura extravagante no coração de Paris, mas um ataque de vândalos à rede ferroviária de alta velocidade TGV da França expôs os riscos de segurança em um momento em que todos os olhos estão voltados para o país.
As ações coordenadas dos sabotadores causaram grandes transtornos a algumas das linhas ferroviárias mais movimentadas da França. O comitê organizador Paris 2024 disse que a cerimônia de abertura das Olimpíadas será realizada conforme planejado.
Ninguém reivindicou a responsabilidade pela sabotagem. Os ataques ocorreram longe de Paris, em um momento em que uma operação de segurança maciça realizada na capital para a cerimônia de abertura, envolvendo cerca de 45 mil policiais e milhares de soldados, sugou recursos de segurança de outras partes da França.
O desfile de abertura contará com uma procissão de barcaças que levará cerca de sete mil atletas ao longo do Rio Sena, passando pelos marcos mais famosos de Paris, enquanto mais de 300 mil espectadores assistirão das margens.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está enviando mais de um milhão de vacinas contra a poliomielite para Gaza. Elas serão administradas nas próximas semanas. A meta é evitar que crianças sejam infectadas depois que o vírus foi detectado em amostras de esgoto.
“Embora nenhum caso de pólio tenha sido registrado até o momento, sem ação imediata, é apenas uma questão de tempo até que o vírus atinja milhares de crianças que ficaram desprotegidas”, disse nesta sexta-feira (26), em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (foto), em um artigo publicado no jornal britânico The Guardian.
Ele escreveu que as crianças com menos de cinco anos são as que correm mais risco de contrair a doença viral, especialmente os bebês com menos de dois anos, já que as campanhas normais de vacinação foram interrompidas por mais de nove meses de conflito.
A poliomielite, que é transmitida principalmente pela via fecal-oral, é um vírus altamente infeccioso que pode invadir o sistema nervoso e causar paralisia. Os casos de pólio diminuíram 99% em todo o mundo desde 1988, por causa de campanhas de vacinação em massa, e os esforços continuam para erradicá-la completamente.
Questionado por potências como Estados Unidos e União Europeia, o sistema eleitoral da Venezuela tenta provar neste domingo (28) que é seguro e que o voto da população não pode ser violado. Mas, afinal, como funciona o sistema eleitoral da Venezuela?
Inicialmente, o eleitor apresenta sua identidade e faz o reconhecimento biométrico por meio da impressão digital. Em seguida, vai até a urna eletrônica e computa seu voto. Depois, o voto é impresso em papel e o eleitor pode conferir se ele está correto. Por último, ele deposita o voto impresso em outra urna.
Os votos computados eletronicamente são enviados por sistema próprio – sem conexão com a internet – para uma central que totaliza todos os votos. Posteriormente, é feita uma verificação, por amostragem, para saber se os votos enviados pela urna eletrônica são os mesmos depositados, em papel, na urna que fica ao lado da máquina.
Pesa contra esse sistema, o fato de parte da oposição venezuelana denunciar supostas fraudes, pelo menos, desde 2004 – com exceção de 2015 quando venceram o pleito para Assembleia Nacional. A favor do sistema eleitoral venezuelano, há especialistas e organizações que apontam não existirem provas ou razões para acreditar que o voto seja violado, apesar de apontarem outros problemas relacionados às eleições no país.
A 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 termina nesta sexta-feira (26) com debate sobre questões relacionadas ao financiamento sustentável. Um dos temas que será colocado na pauta é a proposta brasileira de revisão dos fundos multilaterais climáticos, os chamados fundos verdes. Outro assunto será acerca das infraestruturas resilientes, adaptadas para lidar com os impactos ambientais.
“É um tema importante que quisemos trazer para o centro dessa sessão. Nós tivemos no Brasil tragédias recentes, como no caso das enchentes no Rio Grande do Sul, a seca na Amazônia, os fogos no Pantanal”, destaca a embaixadora Tatiana Rosito, secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, em entrevista nessa quinta-feira (25).
Antes do encerramento, os presentes ainda deverão debater a arquitetura financeira internacional e a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento. Este é um tema considerado prioritário para o Brasil.
Além do comunicado final da reunião, deverá ser divulgada uma declaração do Ministério da Fazenda e outra da presidência brasileira do G20. Essa última será focada em questões geopolíticas.
Ao fim do primeiro dia da 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou informações envolvendo a declaração aprovada sobre tributação global. O texto final só será divulgado ao fim do evento nesta sexta-feira (26), mas o ministro adiantou que constará um reconhecimento de que é necessário aprofundar discussões sobre a taxação dos super-ricos.
Segundo ele, o tema agora está incluído na agenda internacional.
“Ficamos extremamente satisfeitos com o apoio que foi recebido pelo Brasil. Praticamente todos os participantes do G20 fizeram questão de enfatizar a liderança da presidência do Brasil do G20. Obviamente que há preocupações e ressalvas. Há preferências por outras soluções, mas ao final todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta como uma proposta que merece a atenção devida”, disse.
A taxação dos super-ricos é uma pauta prioritária para a presidência brasileira do G20. O Brasil defende que os países coordenem a adoção de um imposto mínimo de 2%. No entanto, há resistências. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, por exemplo, tem dito que não vê necessidade de um pacto global e que cada governo deve tratar da questão internamente. Ainda assim, ela tem se manifestado favorável a um sistema tributário mais progressivo que garanta que indivíduos de alta renda paguem um valor justo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (25) que vê a declaração ministerial do G20 sobre cooperação tributária internacional como um documento histórico. Segundo ele, é a primeira vez que os ministros de Finanças do grupo abordam uma série de temas, que vão desde questões sobre transparência até a taxação dos super-ricos.
“Graças à nossa vontade política coletiva, esse G20 será lembrado como ponto de partida de um novo diálogo global sobre justiça tributária. Tal progresso no debate foi alcançado por meio de troca de ideias de maneira franca e transparente”, disse durante pronunciamento na 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20.
A reunião teve início nesta quarta-feira (25), no Rio de Janeiro. O Brasil, que atualmente preside o G20, sedia e coordena a reunião. Ao longo de dois dias, as delegações participantes debaterão uma série de assuntos e deverão aprovar uma declaração final. Segundo Haddad, o documento é “um ponto de partida” que permitirá a continuidade de discussões importantes.
Existe a expectativa de que o documento avance na discussão da tributação dos super-ricos. O tema é uma prioridade para a presidência brasileira do G20. O Brasil propõe que os países coordenem a adoção de um imposto mínimo de 2%. No entanto, há resistências.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pediu nesta quinta-feira (25) uma resposta urgente e unificada para combater o aumento “alarmante” de casos de gripe aviária em humanos e animais na região da Ásia-Pacífico.
O vírus H5N1 se espalhou mais amplamente, chegando até a América do Sul e a Antártida e infectando novos animais selvagens e domésticos, disse a organização em um comunicado.
“Desde o final de 2023, observamos um aumento nos casos humanos e a disseminação do vírus para novas espécies animais”, disse Kachen Wongsathapornchai, gerente regional do Centro de Emergência para Doenças Transfronteiriças de Animais da FAO.
“O surgimento de novas cepas de A/H5N1, que são mais facilmente transmissíveis, aumenta a ameaça de pandemia. Medidas preventivas imediatas e coordenadas são essenciais”, argumentou.
As forças israelenses avançaram mais profundamente em algumas cidades do lado leste de Khan Younis, no sul de Gaza, nesta quinta-feira, horas depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse aos parlamentares norte-americanos que estava ativamente empenhado em trazer reféns para casa.
Nos últimos dias, os combates se concentraram nas cidades orientais de Bani Suaila, Al-Zanna e Al-Karara, onde o Exército afirmou na quarta-feira ter encontrado os corpos de cinco israelenses que foram mortos no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro e mantidos em Gaza desde então.
Os militantes do Hamas fizeram mais de 250 reféns no ataque matutino ao sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses.
Israel retaliou, prometendo erradicar o Hamas em Gaza em uma guerra de nove meses que matou mais de 39.000 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi vago para descrever uma Gaza “desradicalizada” no pós-guerra, no seu discurso no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira e insinuou uma possível aliança futura entre Israel e os aliados árabes dos EUA.
Ainda que diversos parlamentares democratas tenham boicotado a sua fala e milhares de manifestantes pró-palestinos estivessem protestando na região, Netanyahu minimizou as críticas à campanha militar israelense que tem devastado o enclave palestino e já matou mais de 39 mil residentes, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.
Manifestantes contra Israel estão apoiando o Hamas e “deveriam ter vergonha de si mesmos”, disse Netanyahu, alegando sem provas que eles eram patrocinados pelo Irã. “Pelas informações que temos, o Irã está patrocinando os protestos contra Israel que acontecem agora do lado de fora deste prédio”, acrescentou.
Ele colocou a culpa pelos relatos de fome em Gaza no Hamas, o grupo militante que controla o enclave palestino, e insistiu que Israel protege os civis lá. Ele disse que Israel está intensamente dedicado nos esforços de libertação dos reféns mantidos presos pelo Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi vago para descrever uma Gaza “desradicalizada” no pós-guerra, no seu discurso no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira e insinuou uma possível aliança futura entre Israel e os aliados árabes dos EUA.
Ainda que diversos parlamentares democratas tenham boicotado a sua fala e milhares de manifestantes pró-palestinos estivessem protestando na região, Netanyahu minimizou as críticas à campanha militar israelense que tem devastado o enclave palestino e já matou mais de 39 mil residentes, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.
Manifestantes contra Israel estão apoiando o Hamas e “deveriam ter vergonha de si mesmos”, disse Netanyahu, alegando sem provas que eles eram patrocinados pelo Irã. “Pelas informações que temos, o Irã está patrocinando os protestos contra Israel que acontecem agora do lado de fora deste prédio”, acrescentou.
Ele colocou a culpa pelos relatos de fome em Gaza no Hamas, o grupo militante que controla o enclave palestino, e insistiu que Israel protege os civis lá. Ele disse que Israel está intensamente dedicado nos esforços de libertação dos reféns mantidos presos pelo Hamas.
O Banco Mundial, organismo internacional de fomento ao desenvolvimento, manifestou apoio, nesta quarta-feira (24), à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que está sendo lançada durante evento do G20, grupo das 20 principais economias do mundo, no Rio de Janeiro.
A declaração de apoio foi feita pelo presidente do Banco Mundial, o indiano Ajay Banga, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Galpão da Cidadania, sede da ONG Ação da Cidadania, onde acontece o pré-lançamento da Aliança Global.
A Aliança Global é uma das prioridades da presidência brasileira do G20 e consiste em um conjunto de medidas que visam canalizar recursos e trocas de experiência para erradicar a insegurança alimentar no mundo.
No encontro com o presidente brasileiro, Ajay Banga elogiou os conceitos da iniciativa proposta e os resultados do programa Bolsa Família. Ele disse que costuma citar o programa de transferência de renda do governo brasileiro como exemplo de política social bem-sucedida, que chega efetivamente para quem mais precisa.
A campanha de Donald Trump apresentou uma queixa à Comissão Eleitoral Federal contra a vice-presidente Kamala Harris, acusando a sua campanha de 2024 de violar as leis federais de financiamento, ao substituir o nome de Joe Biden pelo seu próprio nome para assumir o controle dos fundos.
A queixa, apresentada pelo conselheiro geral da campanha de Trump, David Warrington, argumenta que a campanha de Biden não podia mudar o nome do seu comitê – de Biden para Presidente para Harris para Presidente –, depois de Biden ter abandonado a corrida no domingo (21), e transferir US$ 91 milhões.
“Isto é pouco mais do que uma contribuição excessiva e velada de US$ 91,5 milhões de um candidato presidencial para outro, ou seja, da antiga campanha de Joe Biden para a nova campanha de Kamala Harris. Este esforço ridiculariza as nossas leis de financiamento de campanhas”, diz a queixa de oito páginas.
“Os candidatos federais estão proibidos de manter contribuições para eleições em que não participam”, acrescentou. “Biden for President 2024 não mostrou nenhuma intenção de reembolsar ou redesignar adequadamente os fundos das eleições gerais que já recebeu. Isto faz com que todas as contribuições sejam excessivas”.
As forças israelenses realizaram novas incursões na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (24), horas antes de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu discursar no Congresso dos Estados Unidos.
Os ataques israelenses mais recentes destruíram casas em cidades a leste de Khan Younis, no Sul de Gaza, e milhares de pessoas foram forçadas a ir para o Oeste em busca de abrigo, disseram moradores.
O Serviço de Emergência Civil Palestino afirmou ter recebido pedidos de socorro de moradores presos em suas casas em Bani Suhaila, a leste de Khan Younis, mas não conseguiu chegar ao local.
As Forças Armadas de Israel, que estão tentando erradicar o grupo militante islâmico Hamas após o ataque de 7 de outubro contra Israel, disseram que estavam operando em áreas de onde os combatentes conseguiam disparar foguetes contra Israel e atacar as tropas israelenses.
Uma atualização do software da CrowdStrike que derrubou computadores em todo o mundo na semana passada, atingindo serviços que vão desde a aviação até bancários e de saúde, foi causada por um bug no mecanismo de controle de qualidade da empresa de segurança cibernética norte-americana, disse a companhia nesta quarta-feira (24).
O apagão cibernético de sexta-feira (19) ocorreu porque o Falcon Sensor da CrowdStrike, uma plataforma avançada que protege os sistemas contra softwares maliciosos e hackers, continha uma falha que forçou os computadores que executam o sistema operacional Windows, da Microsoft, a travar e mostrar a Tela Azul.
“Devido a um bug no validador de conteúdo, uma das duas instâncias de modelo passou pela validação, apesar de conter dados de conteúdo problemáticos”, disse a CrowdStrike em um comunicado, referindo-se à falha de um mecanismo interno de controle de qualidade que permitiu que os dados problemáticos passassem pelas verificações de segurança da própria empresa.
A CrowdStrike não informou quais eram esses dados de conteúdo, nem por que eram problemáticos. Uma “instância de modelo” é um conjunto de instruções que orienta o software sobre quais ameaças procurar e como responder.
A redução das desigualdades mundiais entre ricos e pobres é “um esforço conjunto e não será de curto prazo”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em declaração à imprensa após as sessões da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20 nesta terça-feira (23). Uma das principais apostas da presidência brasileira é que os países possam se unir na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A reunião da aliança será nesta quarta-feira (24) e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é um projeto ambicioso que representa o compromisso brasileiro com o objetivo de erradicar de uma vez por todas a fome e a pobreza”, afirmou o Vieira. O ministro explicou que a aliança funcionará como uma plataforma para conectar países que se comprometam a implementar nacionalmente políticas públicas de proteção social, e parceiros dispostos a oferecer conhecimentos técnicos especializados e ou apoio financeiro para fazer avançar esses esforços.
O lançamento preliminar do compromisso será nesta quarta-feira. Em novembro, no entanto, será de fato formalizado na Cúpula dos Líderes do G20, no Rio de Janeiro.
Mais cedo, o ministro ressaltou as desigualdades mundiais, citando dados da Oxfam – confederação de 19 organizações – que mostram que o 1% mais rico do mundo ficou com quase dois terços de toda a riqueza gerada desde 2020.