Líderes democratas descartaram neste domingo (30) a possibilidade de substituir o presidente norte-americano, Joe Biden, como candidato democrata após um fraco desempenho no debate e pediram aos membros do partido que se concentrassem nas consequências de uma segunda presidência de Donald Trump.
Depois de dias de preocupação com Biden e com o resultado da eleição de 5 de novembro, os líderes democratas rejeitaram firmemente os apelos para que seu partido escolhesse um candidato presidencial mais jovem. Biden, 81 anos, estava reunido com membros da família no retiro presidencial de Camp David, com seu futuro político sendo um provável tópico de discussão.
Mas os apelos para que Biden se afaste continuaram, e uma pesquisa da CBS após o debate mostrou um salto de 10 pontos no número de democratas que acreditam que Biden não deveria concorrer à Presidência, passando de 36% em fevereiro para 46%.
“A infeliz verdade é que Biden deveria se retirar da disputa, para o bem da nação à qual ele serviu tão admiravelmente por meio século”, disse o Atlanta Journal-Constitution em um editorial no domingo. “A sombra da aposentadoria agora é necessária para o presidente Biden.”
Os eleitores franceses compareceram em massa às urnas neste domingo (30), no primeiro turno de uma eleição parlamentar antecipada que pode dar início ao primeiro governo de extrema-direita do país desde a Segunda Guerra Mundial, uma possível mudança radical no coração da União Europeia (UE).
O presidente Emmanuel Macron surpreendeu o país ao convocar a votação depois que sua aliança centrista foi esmagada nas eleições europeias deste mês pelo Rally Nacional (RN) de Marine Le Pen. O partido eurocético e anti-imigração era um pária há muito tempo, mas agora está mais perto do poder do que nunca.
As urnas foram abertas às 6h e fecharão às 16h (horário local) nas cidades pequenas e grandes, com término às 18h nas cidades maiores, quando são esperadas as primeiras pesquisas de boca de urna da noite e as projeções de assentos para o segundo turno decisivo uma semana depois.
A participação foi alta, destacando como a crise política da França energizou o eleitorado. Ao meio-dia, o comparecimento foi de 25,9%, em comparação com o percentual de 18,43% registrado há dois anos — o maior número de comparecimento comparável desde a votação legislativa de 1981, disse o diretor de pesquisa da Ipsos France, Mathieu Gallard.
Um parlamentar moderado vai enfrentar o preferido do líder supremo do Irã no segundo turno da eleição presidencial do país, no dia 5 de julho, depois de o Ministério do Interior ter anunciado neste sábado que nenhum outro candidato obteve votos suficientes na primeira etapa da eleição.
A Ministério do Interior informou que nenhum candidato alcançou 50% mais um das mais de 25 milhões de cédulas recebidas, número exigido para vencer no primeiro turno entre o discreto parlamentar Massoud Pezeshkian, único moderado entre os quatro que disputavam o pleito, e Saeed Jalili, ex-membro da Guarda Revolucionária.
Pezeshkian está na liderança, com mais de 10 milhões de votos, à frente de Jalili, com mais de 9,4 milhões.
No Irã, o poder maior fica com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Assim, o resultado não trará grandes mudanças no programa nuclear iraniano ou no apoio do país a grupos milicianos do Oriente Médio.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira que pretende derrotar o rival republicano Donald Trump na eleição presidencial de novembro, não dando nenhum sinal de que consideraria desistir da disputa após um fraco desempenho no debate que desanimou seus colegas democratas.
“Sei que não sou um homem jovem, para dizer o óbvio”, disse Biden, animado, em comício um dia após o confronto direto com seu rival republicano, que foi amplamente visto como uma derrota para o presidente de 81 anos.
“Não ando tão facilmente como costumava andar, não falo tão suavemente como costumava falar, não debato tão bem como costumava debater”, disse ele, enquanto a multidão cantava “mais quatro anos”.
“Eu não estaria concorrendo novamente se não acreditasse de todo o meu coração e alma que posso fazer esse trabalho. Os riscos são muito altos”, disse Biden.
A condenação do governo dos Estados Unidos (EUA) à tentativa de golpe de Estado na Bolívia na última quarta-feira (26) ocorreu por meio de autoridades do segundo escalão do governo de Joe Biden. Especialistas avaliam que pouca ênfase do governo Biden contra o golpismo na Bolívia tem relação com disputa política no país andino.
Quase 29 horas após a denúncia do presidente boliviano Luis Arce sobre a movimentação golpista do general Juan José Zúñiga, o secretário de estado adjunto de gestão e recursos do Departamento de Estados dos EUA, Richard R. Verma, condenou a ação em uma rede social.
“Os Estados Unidos condenam veementemente a movimentação ilegal de unidades militares na Bolívia, assim como condenam qualquer tentativa de subverter a ordem constitucional”, afirmou, em nota, o funcionário do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Horas depois, a manifestação foi compartilhada por Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. “Condenamos qualquer tentativa de subverter a ordem constitucional na Bolívia. Os Estados Unidos, incluindo a nossa missão na Embaixada dos EUA na Bolívia, apoiam a democracia e o povo da Bolívia”.
O Congresso da Argentina aprovou, nesta sexta-feira (28) as medidas de reforma econômica propostas pelo presidente Javier Milei, dando a ele sua primeira grande vitória legislativa pouco mais de seis meses depois de assumir o cargo.
As discussões finais sobre o projeto de reforma primária de Milei e sua contrapartida fiscal começaram ontem na Câmara dos Deputados. Com a aprovação inicial já garantida, o foco do debate era o acordo sobre os detalhes finais antes de as medidas se tornarem lei.
A legislação, que oferece incentivos ao investimento, aborda a privatização de uma série de entidades estatais e reajusta os impostos, atingirá alguns dos principais objetivos estabelecidos por Milei, que venceu as eleições no ano passado prometendo recuperar a conturbada economia do país.
Em publicação nas redes sociais, o governo argentino comemorou a aprovação das reformas econômicas, criticando a oposição e seus “cúmplices habituais” por atrasar o projeto por meses.
Bonecos em tamanho real de leões e antílopes deram seus primeiros passos em um novo projeto artístico público lançado em Londres, que os verá percorrendo um trajeto de 20 mil quilômetros entre a África central e o norte da Europa, como se estivessem fugindo dos efeitos das mudanças climáticas.
“O Rebanho” é o mais recente projeto da equipe por trás da “Pequena Amal”, um boneco gigante de uma garota síria que rodou o mundo para mostrar a luta das crianças refugiadas.
No ano que vem, os bonecos dos animais viajarão da Bacia do Congo até o norte da Noruega, com seu rebanho se expandindo ao longo do caminho.
“A ideia é que um grupo de animais comece a fugir por causa das mudanças climáticas e, conforme passam de cidade em cidade, vão incorporando mais espécies nativas, mais espécies endêmicas, e o rebanho assim só cresce”, afirmou o diretor artístico do projeto, Amir Nizar Zuabi.
Líderes da União Europeia (UE) concordaram, nessa quinta-feira (27), em indicar a alemã Ursula von der Leyen para um segundo mandato de cinco anos como presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da UE.
Em encontro em Bruxelas, os 27 líderes nacionais do bloco também escolheram o ex-primeiro-ministro português António Costa como futuro presidente do Conselho Europeu, e a premiê estoniana, Kaja Kallas, como próxima chefe de política externa da UE.
O pacote de lideranças representa a continuidade no bloco de 27 países, com as facções centristas pró-UE mantendo seus postos apesar do crescimento da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu, ocorridas no começo deste mês.
O acordo foi anunciado nas redes sociais pelo atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
A partir das 22h (horário de Brasília), o republicano Donald John Trump (78 anos) e o democrata Joseph Robinette “Joe” Biden Jr (81 anos) farão um debate televisivo inédito na história dos Estados Unidos da América: dois homens idosos que chegaram à presidência daquele país tentando um segundo mandato. O evento é promovido pelo canal de notícias CNN e será retransmitido pela CNN Brasil.
A expectativa de especialistas ouvidos pela Agência Brasil é que o cardápio de temas terá a manutenção da democracia nos Estados Unidos, a situação da economia e o conflito no Oriente Médio. O Brasil não deverá entrar em pauta, nem mesmo pela questão ambiental. Latino americanos, especialmente os hispânicos, poderão ser mencionados, de forma negativa, por causa do controle imigratório e do combate ao narcotráfico.
Para os especialistas, não deverá ser uma discussão entre estadistas. É provável que os adversários explorem a baixa política como as acusações de porte ilegal de arma contra Hunter Biden, filho de Joe Biden – enquanto era viciado em drogas –; e a condenação de Trump, culpado por falsificar documentos e encobrir suborno pago a uma atriz pornô – para comprar seu silêncio antes das eleições de 2016.
Além dos escândalos, há outras vulnerabilidades. No caso de Biden, considerado “velho demais” por alguns críticos e eleitores, a fragilidade é manter-se atento e articulado durante os 90 minutos de debate, sem auxílio de assessores.
Os países-membros do Mercosul manifestaram nesta quinta-feira (27) “profunda preocupação e enérgica condenação” à tentativa de golpe sofrida pelo governo da Bolívia ontem (26). Em comunicado, os Estados partes e associados do bloco afirmam que o ato descumpre os princípios internacionais da vida democrática e, particularmente, do Mercosul.
“Em consonância com os princípios do Direito Internacional, rejeitam qualquer tentativa de mudança de poder por meio da violência e de forma inconstitucional que atente contra a vontade popular, soberania, autodeterminação dos povos e que vulnerabilize a estabilidade política e social do país irmão”, informou a nota do bloco.
Os membros do Mercosul também expressaram solidariedade e apoio irrestrito à institucionalidade democrática do governo constitucional do presidente Luis Arce e suas autoridades democraticamente eleitas.
Atualmente, o Mercosul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Os estados associados são Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (27) que a tentativa de golpe na Bolívia ontem pode estar relacionada com as reservas de lítio, gás e outros minérios no país. “A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais focados lá porque é a maior reserva de lítio do mundo e outros minerais críticos de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe”, disse Lula em entrevista à Rádio Itatiaia.
Chamado de “ouro branco” ou “petróleo do século 21”, o lítio é um dos minerais considerados críticos de importância central para transição energética e para as baterias dos carros elétricos. Estima-se que 53% do lítio na América Latina esteja concentrado em países como Chile, Bolívia e Argentina.
O presidente Lula confirmou sua ida à Bolívia no dia 9 de julho, onde irá se encontrar com o presidente Luis Arce, em Santa Cruz de la Sierra, e também se reunirá com empresários locais. Lula irá à Bolívia logo após a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que será realizada em Assunção, no Paraguai, nos dias 7 e 8 de julho.
“Vou lá para fortalecer o Luis Arce, para fortalecer a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente. Se não for assim, a Bolívia nem pode entrar no Mercosul.”
Cerca de uma dezena de militares bolivianos foram presos após a tentativa de golpe dessa quarta-feira, disse hoje um ministro do governo à televisão local, acrescentando que eles enfrentam acusações que podem levar a penas de 15 a 30 anos de prisão.
A mobilização das Forças Armadas foi liderada pelo general Juan José Zúñiga, preso na noite de ontem. Ele reuniu soldados na praça principal de La Paz, arrombando uma porta do palácio presidencial com um veículo blindado, o que permitiu que os soldados entrassem no prédio.
Os soldados acabaram por se retirar e a polícia retomou o controle da praça. O presidente Luis Arce criticou a tentativa de golpe e nomeou rapidamente um novo general.
Zúñiga foi informado, na noite de terça-feira, que seria destituído do cargo porque a sua conduta “não estava em conformidade com a Constituição”, disse o ministro do Interior, Eduardo del Castillo, em entrevista à emissora de televisão Unitel.
Um satélite russo se dividiu em mais de 100 pedaços de detritos em órbita durante a noite, forçando os astronautas da Estação Espacial Internacional a se abrigarem, informaram agências espaciais dos Estados Unidos (EUA).
Não havia detalhes imediatos sobre o que causou a quebra do satélite russo de observação da Terra RESURS-P1, que foi desativado em 2022.
O incidente ocorreu em órbita próxima à Estação Espacial Internacional, fazendo com que os astronautas norte-americanos a bordo se abrigassem em sua espaçonave por cerca de uma hora, disse o escritório da Estação Espacial da Nasa.
Os radares dos EUA detectaram o satélite liberando uma nuvem de detritos na órbita baixa da Terra na noite dessa quarta-feira e na madrugada de hoje, informou a empresa de rastreamento espacial LeoLabs.
Israel invadiu um bairro na Cidade de Gaza nesta quinta-feira (27), dizendo aos palestinos, conforme os tanques avançavam, que eles deveriam se deslocar para o sul. Também bombardeou a cidade de Rafah, no sul, afirmando que este é o estágio final de uma operação contra os militantes do Hamas no local.
Moradores do bairro de Shejaia disseram que foram surpreendidos por tanques que chegaram e dispararam com drones, atacando também após bombardeios durante a noite.
“Parecia que a guerra estava recomeçando, uma série de bombardeios que destruíram várias casas em nossa área e abalaram os prédios”, disse Mohammad Jamal, de 25 anos, morador de Gaza, à Reuters, por meio de um aplicativo de mensagem.
O Serviço Civil de Emergência da Palestina informou que havia relatos de pessoas mortas e feridas em Shejaia, mas suas equipes não conseguiram chegar até lá por causa da ofensiva. Três pessoas foram mortas no bombardeio anterior e cinco foram mortas no bairro de Sabra.
A Rússia condenou nesta quinta-feira (27) a tentativa de golpe de Estado na Bolívia e advertiu contra qualquer tentativa de ingerência estrangeira no país sul-americano.
“Alertamos para as tentativas de ingerência estrangeira destrutiva nos assuntos internos da Bolívia”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.
Soldados liderados pelo chefe das Forças Armadas bolivianas, general Juan José Zuniga, e veículos blindados concentraram-se ontem em frente ao palácio presidencial em La Paz, retirando-se algumas horas mais tarde.
O general Zuniga foi detido pela polícia sob a acusação de terrorismo e de revolta armada.
A Nasa, agência espacial norte-americana, anunciou nesta quinta-feira (27) que selecionou a SpaceX para contruir um veículo capaz de empurrar a Estação Espacial Internacional de volta à atmosfera da Terra, para que seja destruída após concluir suas funções em 2030.
O concurso, vencido pela empresa do bilionário Elon Musk, tem valor total que pode atingir até US$ 843 milhões, de acordo com comunicado da agência.
A Nasa anunciou no ano passado a intenção de mergulhar a Estação Espacial Internacional (ISS, do inglês International Space Station) em um oceano, após seu fim de vida. Algumas peças vão desintegrar-se durante a manobra, enquanto outras, mais resistentes, cairão no mar.
A operação, no entanto, requer o desenvolvimento de um veículo suficientemente potente para manobrar a ISS, que pesa cerca de 430 mil quilos.
Os iranianos vão às urnas nesta sexta-feira (27) para eleger novo presidente entre seis candidatos, incluindo um reformista, até agora desconhecido, que espera abalar a supremacia dos conservadores.
A eleição, inicialmente prevista para 2025, foi organizada em poucas semanas para substituir o presidente Ebrahim Raisi, que morreu num acidente de helicóptero em 19 de maio.
O pleito ocorre em momento delicado para a República Islâmica, que tem de gerir simultaneamente tensões internas e crises geopolíticas, da guerra na Faixa de Gaza à questão nuclear, a cinco meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, seu inimigo declarado.
A campanha, que começou de forma desapaixonada, foi mais competitiva do que a anterior, em 2021, graças à presença do reformista Massoud Pezeshkian, que se impôs como um dos três favoritos.
Tanques e soldados do Exército invadem a entrada do palácio presidencial em La Paz, na Bolívia. Roteiro e imagens lembram as décadas de 1960 e 1970, quando ditaduras militares se espalharam pela América do Sul. Mas a cena ocorreu nesta quarta-feira (26) no país sul-americano. Acontecimento surpreendente ou desfecho para um governo em crise? Especialistas em Relações Internacionais explicaram à Agência Brasil o cenário que levou à tentativa fracassada de golpe na Bolívia.
Em primeiro lugar, existe um entendimento comum de que o episódio desta quarta-feira (26) foi muito mais um ato isolado do general Juan José Zúñiga do que um movimento bem planejado, com apoio de diferentes forças sociais. O general foi demitido nesta terça-feira (25) do cargo de comandante do Exército, depois de ameaçar o ex-presidente Evo Morales.
“O general teve um erro de cálculo político. Achou que receberia algum respaldo ao ameaçar o Evo Morales. Mas o atual presidente boliviano bancou a aposta e tirou o general do comando do Exército. E aí ele se viu numa situação de isolamento e tentou o golpe de uma maneira muito improvisada, sem participação de outras lideranças das Forças Armadas. E foi importante ver que ele não teve apoio significativo de nenhum grupo social do país”, diz Maurício Santoro, cientista político e professor de Relações Internacionais.
“O general teve um erro de cálculo político. Achou que receberia algum respaldo ao ameaçar o Evo Morales. Mas o atual presidente boliviano bancou a aposta e tirou o general do comando do Exército. E aí ele se viu numa situação de isolamento e tentou o golpe de uma maneira muito improvisada, sem participação de outras lideranças das Forças Armadas. E foi importante ver que ele não teve apoio significativo de nenhum grupo social do país”, diz Maurício Santoro, cientista político e professor de Relações Internacionais.
As Forças Armadas bolivianas e seus veículos blindados retiraram-se do palácio presidencial em La Paz na noite desta quarta-feira (26), após o presidente Luis Arce denunciar uma tentativa de “golpe” contra o governo e pedir apoio internacional.
Mais cedo nesta quarta-feira, unidades militares lideradas pelo general Juan Jose Zúñiga, recém destituído de seu comando militar, haviam se reunido na praça central Plaza Murillo, onde estão localizados o palácio presidencial e o Congresso. Uma testemunha da Reuters viu um veículo blindado bater em uma porta do palácio presidencial e soldados entrarem correndo.
“Hoje o país está enfrentando uma tentativa de golpe de Estado. Hoje o país enfrenta mais uma vez interesses para que a democracia na Bolívia seja interrompida”, disse o Arce no palácio presidencial, com soldados armados do lado de fora.
“Hoje o país está enfrentando uma tentativa de golpe de Estado. Hoje o país enfrenta mais uma vez interesses para que a democracia na Bolívia seja interrompida”, disse o Arce no palácio presidencial, com soldados armados do lado de fora.
O general boliviano Juan José Zúñiga foi preso na noite desta quarta-feira (26) após liderar o que o presidente Luis Arce considerou como uma tentativa de golpe de Estado, segundo a agência Reuters.
Nesta quarta-feira, grupos de militares, liderados por Zúñiga, tomaram a praça central de La Paz e um veículo blindado invadiu a entrada do palácio presidencial, enquanto Arce denunciava um “golpe” contra o governo e pedia apoio internacional.
O Ministério Público da Bolívia ordenou o início de uma investigação penal contra o Zúñiga e todos os participantes da tentativa de golpe. Em nota divulgada hoje, a Procuradoria-Geral da Bolívia informou que todos os esforços necessários para o esclarecimento dos atos e a imposição da máxima sanção aos responsáveis
“A Procuradoria-Geral do Estado reafirma seu compromisso de defesa da legalidade de dos interesses gerais da sociedade no âmbito da preservação da nossa democracia”.
Representantes de organizações internacionais e presidentes de diversos países condenaram na noite desta quarta-feira (26) a tentativa de golpe na Bolívia.
O secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, emitiu um comunicado em defesa da democracia no país latino americano e disse que a entidade não vai tolerar a quebra da constitucionalidade no país.
“A Secretaria Geral da OEA condena da forma mais enérgica os acontecimentos na Bolívia. O Exército deve se submeter ao poder civil legitimamente eleito. Enviamos nossa solidariedade ao presidente da Bolívia, Luis Arce Catacora, a seu governo e a todo povo boliviano. A comunidade internacional, a OEA, e a Secretaria Geral não tolerarão nenhuma quebra da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em outro lugar”, disse, nas redes sociais.
A presidente da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a presidenta hondurenha, Xiomara Castro, convocou os presidentes dos países membros a condenar a tentativa de golpe de estado na Bolívia.
Em meio à tentativa de golpe no país, o presidente da Bolívia, Luis Arce, empossou nesta quarta-feira (26) os novos membros do Alto Comando Militar. Arce nomeou Jose Wilson Sanchez Velásquez como o novo comandante-geral do Exército, no lugar de Juan José Zuñiga, que mobilizou militares em La Paz na tarde de hoje.
Ao tomar posse, Velásquez ordenou a retirada das tropas das ruas. “Na condição de comandante-geral do Exército, ordeno que todos os militares que se encontrem nas ruas devem retornar a suas unidades”, disse.
Em pronunciamento na Casa Grande del Pueblo, a residência presidencial boliviana, o presidente Arce criticou os militares que participaram da tentativa de golpe. “Deploramos atitudes de maus militares que, lamentavelmente, repetem a história recente do país, tratando fazer um golpe de Estado quando o povo boliviano sempre foi um povo democrático”.
Ele agradeceu ao povo boliviano pelo apoio nas redes sociais, a todos os países que estão se pronunciando em favor da democracia boliviana e também à polícia do país. “Chamamos o povo boliviano a mobilizar-se e manter a calma. todos os bolivianos juntos vamos derrotar qualquer tentativa de golpe”.
O governo brasileiro divulgou nesta quarta-feira (26) uma nota oficial condenando “nos mais firmes termos” a tentativa de golpe de estado em curso na Bolívia, que envolve mobilização irregular de tropas do Exército. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a ação é uma clara ameaça ao Estado democrático de Direito no país.
“O Governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao presidente Luis Arce e ao governo e povo bolivianos. Nesse contexto, estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região”, diz a nota.
Segundo o Itamaraty, esses fatos são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o Mercosul, sob a égide do Protocolo de Ushuaia.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a democracia na região. “Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo”, disse Lula.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (26) informações sobre a situação na Bolívia. Mais cedo, o presidente boliviano Luis Arce denunciou a “mobilização irregular” de unidades do Exército do país, o que aumenta o temor de um golpe de Estado.
“Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo”, disse Lula, após evento de apresentação de novos ônibus escolares, em Brasília.
Lula afirmou ter solicitado ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que entre em contato com as autoridades do país vizinho para ter certeza da situação.
“Fui informado agora e pedi para meu ministro entrar em contato para ter certeza. Não podemos ficar anunciando coisa que depois não acontece”, disse.
Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que os problemas decorrentes do consumo de drogas se agravaram em todo o mundo ao longo de 2022, com o surgimento de novos opioides sintéticos e um aumento sem precedentes da demanda por outras substâncias psicoativas.
Segundo a mais recente edição do Relatório Mundial sobre Drogas, que a organização divulgou nesta quarta-feira (26), Dia Internacional de Combate às Drogas, em 2022, mais de 292 milhões de pessoas consumiram alguma substância psicoativa, um aumento de 20% em dez anos. A consequência: um aumento nos transtornos associados ao uso.
“Embora cerca de 64 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de transtornos associados ao uso de drogas, apenas uma em cada 11 pessoas recebeu tratamento”, afirmam os responsáveis pela publicação, acrescentando que as mulheres sofrem mais com a negligência. “Apenas uma em cada 18 mulheres com transtornos associados ao uso de drogas recebeu tratamento, em comparação com um em cada sete homens.”
Ainda de acordo com os pesquisadores, as atividades ilícitas associadas à produção e distribuição de drogas contribuem para a degradação ambiental, promovendo o desmatamento, o descarte indevido de resíduos tóxicos e a contaminação química. Estima-se que, só de cocaína pura, tenham sido produzidas cerca de 2,757 toneladas em 2022 – um aumento de 20% em relação a 2021.
O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou a “mobilização irregular” de algumas unidades do Exército do país em uma postagem no X nesta quarta-feira, enquanto o ex-líder da nação andina Evo Morales acusava um general de planejar um golpe.
Soldados fortemente armados e veículos blindados foram vistos reunidos na Plaza Murillo, na capital, mostraram vídeos compartilhados nas mídias sociais.
O ex-presidente Evo Morales, que se desvinculou publicamente de Arce, embora ambos pertençam ao mesmo movimento socialista, anunciou, em um outro post no X, uma mobilização nacional de seus partidários para apoiar a democracia.
Ele acusou um general militar — Juan José Zuniga — de tentar dar um golpe de Estado, ao mesmo tempo em que anunciou uma paralisação geral, incluindo uma convocação para bloquear estradas.
O presidente do Quênia desistiu, nesta quarta-feira (26), de aumentar os impostos, cedendo à pressão dos manifestantes que invadiram o Parlamento, lançaram atos em todo o país e ameaçaram mais ações nesta semana.
William Ruto disse que não sancionará o projeto de lei que inclui os aumentos, um dia depois de violentos confrontos entre a polícia e os manifestantes na assembleia e em todo o país, que deixaram pelo menos 23 pessoas mortas e dezenas de feridos, segundo os médicos.
“Ouvindo atentamente o povo do Quênia, que disse em alto e bom som que não quer esse projeto de lei, eu cedo. E, portanto, não assinarei o projeto, que será posteriormente retirado”, disse ele em discurso na televisão.
Ruto afirmou que agora iniciará um diálogo com a juventude queniana, sem entrar em detalhes, e trabalhará em medidas de austeridade – começando com cortes no orçamento da Presidência – para compensar a diferença nas finanças do país.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) escolheu o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, como próximo secretário-geral da instituição, enquanto a guerra na Ucrânia se desenrola às suas portas e a incerteza paira sobre a futura atitude dos Estados Unidos em relação à aliança transatlântica.
A nomeação de Rutte tornou-se uma formalidade depois que seu único rival para o cargo, o presidente romeno Klaus Iohannis, anunciou na semana passada que havia desistido da corrida, por não ter conseguido ganhar força.
Rutte assumirá o cargo em 1º de outubro no lugar de Jens Stoltenberg, da Noruega, que está deixando a função após uma década.
Os embaixadores dos 32 membros da aliança tomaram a decisão em reunião na sede da Otan em Bruxelas.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, teve recepção calorosa ao desembarcar na Austrália nesta quarta-feira (26), depois de se declarar culpado de violar a lei de espionagem dos Estados Unidos (EUA) em um acordo que o liberta após uma batalha legal de 14 anos.
Assange desembarcou de um jato particular no aeroporto de Camberra pouco depois das 19h30 (6h30 em Brasília), acenando para a mídia que o aguardava e aplaudindo seus apoiadores antes de beijar a esposa, Stella, e levantá-la do chão.
Ele abraçou o pai antes de entrar no edifício do terminal com sua equipe jurídica.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, que há anos faz lobby para libertar Assange, disse que conversou com ele por telefone após o pouso do avião.
A libertação do jornalista australiano Julian Assage foi celebrada em todo o mundo por entidades que atuam em defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. O fundador da plataforma Wikileaks, alvo de investigações criminais nos Estados Unidos e preso desde 2019 no Reino Unido, chegou a um acordo que lhe permitiu deixar o país. No próximos dias, ele deverá desembarcar na Austrália.
De acordo com nota divulgada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que congrega mais de 500 entidades filiadas em todo o Brasil, foi uma vitória da mobilização internacional em defesa da liberdade de imprensa. “Chamamos a atenção para a ameaça permanente da vigilância e das tentativas de criminalização do jornalismo e dos jornalistas”.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que representa 31 sindicatos de jornalistas no Brasil, lembrou que foram ao todo 1.901 dias de prisão. “É uma vitória dos jornalistas em todo o mundo, do direito de informar e ser informado e representa importante impulso à liberdade de imprensa. A libertação de Assange contribui para evitar a criminalização das práticas jornalísticas e encoraja as fontes a partilharem confidencialmente provas de irregularidades, criminalidade e outras informações de interesse público”, registra manifestação publicada pela entidade.
Por meio nota assinada pelo seu presidente Octávio Costa, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) celebrou e, ao mesmo tempo, fez um alerta. “É bom não esquecer que ainda há centenas de jornalistas presos, processados, perseguidos e censurados pelo mundo afora. Alguns casos acontecem aqui mesmo no Brasil. Assange está livre. Mas a luta pela liberdade de imprensa continua”.