Bryan Lanza, assessor do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista transmitida neste sábado (9) que a prioridade do novo governo será restabelecer a paz na Ucrânia, e não restaurar os territórios que o país perdeu, como a Crimeia.
O estrategista do Partido Republicano afirmou à BBC que o governo Trump pedirá ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, uma “visão realista para a paz”.
“E, se o presidente Zelenskiy chegar à mesa e disser, ‘bom, só podemos ter paz com a Crimeia’, ele mostra para nós que não é sério. A Crimeia já era”, afirmou. “E se sua prioridade é tomar a Crimeia de volta e ter soldados norte-americanos lutando para ter a Crimeia de volta, você está por sua conta.”
Ele afirmou que a prioridade é a “paz e o fim das mortes”.
O presidente norte-americano, Joe Biden, vai receber Donald Trump, que lhe sucederá em janeiro na Casa Branca, na próxima quarta-feira (13), às 16h (horário local, 14h em Brasília), no Salão Oval. O anúncio foi feito neste sábado (9) pela porta-voz da presidência Karine Jean-Pierre.
Joe Biden prometeu, na quinta-feira (7) garantir uma transição de poder “pacífica e ordenada” com o republicano Donald Trump, que obteve uma vitória clara na terça-feira (6) contra a democrata Kamala Harris.
O encontro servirá para preparar a chegada da próxima administração Trump, na qual figuras como o empresário Elon Musk ou Robert F. Kennedy Jr. poderão desempenhar papéis importantes.
Esta reunião já tinha sido anunciada, mas sem data específica.
O Rio de Janeiro sediará na próxima semana o G20 Social, com uma vasta programação que começa na quinta-feira (14) e vai até sábado (16). O G20 Social é uma inovação instituída pelo governo brasileiro. O país preside o G20 pela primeira vez desde 2008, quando foi implantado o atual formato do grupo, composto pelas 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana.
Nas presidências anteriores, a sociedade civil costumava se reunir em iniciativas paralelas à programação oficial. Com o G20 Social, essas reuniões foram integradas à agenda construída pelo Brasil. O objetivo é ampliar o diálogo entre os líderes governamentais e a sociedade civil.
Boa parte da programação dos três dias é composta por atividades autogestionadas propostas por diferentes organizações sociais. Também é prevista, ao fim, a apresentação de um documento síntese do G20 Social. Ele deverá posteriormente ser entregue aos governos de todas as nações na Cúpula dos Líderes do G20, evento que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, encerrando a presidência brasileira. A África do Sul sucede o Brasil na presidência do grupo.
Mas como participar do G20 Social? As atividades são abertas a todos os interessados, mas é preciso credenciamento prévio. Basta acessar o portal oficial do evento e preencher o formulário, com nome completo, e-mail e Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou passaporte. O credenciamento já está disponível e ficará aberto até terça-feira (12).
Pelo menos 24 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas neste sábado (9) na explosão de uma bomba em uma estação de trem na cidade de Quetta, no Sudoeste do Paquistão, disseram a polícia e outras autoridades.
Quetta é a capital da província de Baluchistão, que enfrenta um aumento dos ataques de militantes étnicos separatistas, algo que causou preocupação com a segurança de projetos que visam explorar os recursos minerais da província.
O inspetor-geral da polícia do Baluchistão, Mouzzam Jah Ansari, disse que 24 pessoas morreram até agora na explosão na estação ferroviária, que geralmente fica movimentada no início do dia, quando a explosão ocorreu.
“O alvo era o pessoal do Exército da Escola de Infantaria”, disse. Muitos dos feridos estão em estado crítico.
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota no fim da manhã deste sábado (9) em que afirma que o governo brasileiro acompanha, com preocupação, a escalada de violência em Moçambique.
Forças de segurança e manifestantes contrários ao resultado das eleições realizadas no início de outubro têm se enfrentado no país africano, e há registro de mortes e dezenas de feridos.
“Ao recordar o direito à liberdade de reunião e de manifestação, o Brasil exorta as partes à contenção, de forma a assegurar o exercício pacífico da cidadania no quadro democrático”, diz o governo brasileiro.
A Comissão Nacional de Eleições declarou vencedor Daniel Chapo, da frente de libertação de Moçambique (Frelimo), partido do atual presidente, Filipe Nyusi.
O Rio de Janeiro vai sediar o Urban 20 (U20), o encontro dos prefeitos do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), entre os dias 14 e 17 de novembro. O prefeito Eduardo Paes será o anfitrião de mais de 60 prefeitos e delegações de mais de 100 cidades ao redor do mundo. O evento ocorre no Armazém da Utopia, no Complexo Mauá, o polo das atividades do G20 Social, que vai reunir movimentos sociais e culturais na região.
A conferência global do U20, grupo fundado pelas Grandes Cidades para a Liderança Climática (Grupo C40) e Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), ocorrerá pela primeira vez às vésperas da Cúpula dos Líderes do G20.
Com o objetivo de influenciar os chefes de Estado, será elaborado um comunicado com propostas das cidades para solucionar problemas sociais, climáticos e de financiamento de projetos municipais. O documento será entregue por Paes e representantes do U20 ao governo federal, que transmitirá as demandas das cidades aos líderes do G20, reunidos no Museu de Arte Moderna (MAM) nos dias 18 e 19 de novembro.
Entre as autoridades já confirmadas para o U20 estão os prefeitos de Paris, Barcelona, Milão, Amsterdam, Istambul, Helsinki, Phoenix, Montreal, Freetown, Joanesburgo, Medellin e Montevidéo, dentre outros.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já conta com “um número significativo” de adesões, entre os 55 países e organizações internacionais que participarão da Cúpula de Líderes do G20, a ser realizada nos dias 18 e 19 deste mês no Rio de Janeiro. Como o processo de adesão ainda está em andamento, o anúncio oficial só será feito durante a abertura do encontro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros e Sherpa do Brasil no G20, Maurício Lyrio, a aliança é uma das principais pautas da presidência brasileira no grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta.
“Os principais países já apresentaram a documentação necessária para aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, mas só faremos o anúncio durante o evento porque ainda estamos avaliando os documentos e declarações enviados pelos demais países interessados”, disse o embaixador nesta sexta-feira (8), em entrevista coletiva no Itamaraty.
Segundo Lyrio, muitas solicitações de adesão ainda estão sendo avaliadas. “Precisamos ver se [os países interessados] são compatíveis com os compromissos. O que posso dizer é que há um número significativo de países aprovados e um número significativo de manifestações de interesse já recebidas”, acrescentou.
O Monte Lewotobi Laki-laki, na Indonésia, entrou em erupção várias vezes nesta sexta-feira (8), expelindo cinzas vulcânicas que subiram até 10 quilômetros (km), segundo as autoridades, após uma grande erupção na noite de domingo (3) que matou nove pessoas.
A erupção na ilha de Flores, na província de Sonda Oriental, danificou mais de 2 mil casas e causou a retirada de milhares de pessoas.
Abdul Muhari, porta-voz da Agência de Mitigação de Desastres do país, disse que as erupções foram “bastante significativas” devido às chuvas de cinzas e às quedas de areia que atingiram as áreas vizinhas.
Hadi Wijaya, chefe da Agência de Vulcanologia da Indonésia, afirmou que a erupção desta sexta-feira produziu uma coluna de cinzas imponente que atingiu de 8 a 10 km de altura, acrescentando que a matéria vulcânica e o gás quente se espalharam em todas as direções.
O Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta sexta-feira (8) que quase 70% das mortes verificadas na guerra de Gaza eram mulheres e crianças. A ONU condenou o que chamou de violação sistemática dos princípios fundamentais do direito humanitário internacional.
A notificação da organização desde o início da guerra, na qual os militares de Israel estão lutando contra os militantes do Hamas, inclui apenas as mortes que conseguiu verificar com três fontes, e a contagem continua.
As 8.119 vítimas verificadas representam número muito menor do que o de mais de 43 mil vítimas fornecido pelas autoridades de saúde palestinas para a guerra de 13 meses. O detalhamento da ONU sobre a idade e o gênero das vítimas confirma a afirmação palestina de que mulheres e crianças representam grande parte dos mortos na guerra.
Essa conclusão indica “uma violação sistemática dos princípios fundamentais da lei humanitária internacional, incluindo distinção e proporcionalidade”, disse o escritório de direitos da ONU em declaração que acompanha o relatório de 32 páginas.
A Noruega aderiu nesta quinta-feira 7 à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa da presidência brasileira do G20 para canalizar recursos a programas e projetos para o enfrentamento a esses dois problemas persistentes no planeta. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o país europeu já havia anunciado um aporte inicial de US$ 1 milhão para o programa.
“Estamos comprometidos em colaborar com a Aliança Global, apoiando financeiramente a mobilização de recursos nacionais e internacionais para promover a segurança alimentar”, destacou a ministra do Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, ao apresentar a Declaração de Compromisso que reforça o apoio à iniciativa.
Até o momento, 18 países, além da União Africana e da União Europeia, já aderiram formalmente à Aliança Global, por meio da apresentação, revisão e posterior ratificação de suas Declarações de Compromisso, segundo o MDS. A expectativa é que todos os países do G20 e os convidados para a Cúpula de Líderes, que ocorrerá nos próximos dias 18 e 19, no Rio de Janeiro, confirmem a participação na Aliança. Bangladesh e Alemanha já oficializaram a adesão publicamente. Os demais países ainda não foram revelados.
Autoridades de Cuba informaram, nessa quinta-feira (7), que começaram a restabelecer a energia elétrica no lado leste da ilha, um dia depois de o Furacão Rafael derrubar a rede do país, deixando 10 milhões de pessoas no escuro.
A rede caiu na quarta-feira, depois que a tempestade atravessou Cuba com ventos de até 185 quilômetros por hora, danificando casas, derrubando árvores e postes telefônicos.
O furacão se dirigiu ao Golfo do México e não é mais uma ameaça a qualquer região, disse o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que tem sede em Miami.
O Furacão Rafael foi o mais recente problema enfrentado pela precária rede elétrica da ilha comunista. O sistema já havia caído várias vezes há duas semanas, deixando muitos habitantes sem eletricidade por dias, o que causou protestos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, terá uma agenda em Manaus, no dia 17 deste mês, onde visitará a Floresta Amazônica e se reunirá com líderes locais, indígenas e outros que trabalham na preservação e proteção do ecossistema. A informação foi divulgada pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na noite desta quinta-feira (7).
Segundo o governo norte-americano, esta será a primeira visita oficial de um presidente dos EUA à região.
Mais cedo, Biden telefonou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para confirmar a viagem, que também incluirá a participação dele na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, que ocorrerá nos dias 18 e 19.
“No Rio de Janeiro, o presidente Biden se reunirá com o presidente Lula, à margem do G20, para reforçar a liderança dos EUA em direitos dos trabalhadores e crescimento econômico sustentável. Durante o evento, o presidente Biden destacará a proposta dos EUA para os países em desenvolvimento e liderará o G20 para trabalhar em conjunto no enfrentamento de desafios globais compartilhados, como a fome e a pobreza, mudanças climáticas, ameaças à saúde e a dívida dos países em desenvolvimento”, informou Jean-Pierre, em declaração aos meios de comunicação.
A polícia argentina prendeu três pessoas por suspeita de envolvimento na morte de Liam Payne. O ex-integrante do One Direction morreu aos 31 anos, em outubro, ao cair do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires.
De acordo com o canal americano de notícias ABC News, as autoridades prenderam dois funcionários do hotel, “acusados de fornecerem drogas” para o cantor, e “invadiram a casa de um amigo, também detido”.
Um exame toxicológico realizado após a morte identificou a presença de cocaína, crack e outras drogas no organismo de Payne.
Segundo a autópsia, o britânico morreu de politraumatismos e hemorragia interna e externa.
Milhares de pessoas estão sob ordens de retirada no sul da Califórnia devido aos incêndios florestais que avançam rapidamente e destroem casas, disseram as autoridades. O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu alerta de bandeira vermelha que descreve a situação como “particularmente perigosa”.
Um vídeo gravado por uma testemunha mostrou moradores com dificuldade para sair de suas casas na cidade de Camarillo, enquanto uma fumaça espessa cobria o céu. As imagens também mostravam casas e carros completamente envoltos em chamas.
O incêndio florestal se espalhou por cerca de 5.700 hectares, com pelo menos 800 bombeiros designados para combatê-lo, informou o Corpo de Bombeiros do condado de Ventura, localizado a noroeste de Los Angeles.
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas e várias estruturas foram danificadas ou destruídas pelo incêndio em Ventura, informou o Corpo de Bombeiros na quarta-feira.
O governo australiano vai adotar legislação que proíbe as mídias sociais para crianças e adolescentes menores de 16 anos, disse o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, nesta quinta-feira (7). Trata-se, segundo ele, de um pacote de medidas pioneiro que poderá se tornar lei no final do próximo ano.
A Austrália está testando um sistema de verificação de idade para ajudar a bloquear o acesso de crianças a plataformas de redes sociais, como parte de uma série de medidas que incluem alguns dos controles mais rígidos impostos por qualquer país até o momento.
“As mídias sociais estão prejudicando nossos filhos e estou dando um basta a isso”, disse Albanese em entrevista.
Ele citou os riscos para a saúde física e mental das crianças do uso excessivo das mídias sociais, em especial para as meninas, decorrentes de representações prejudiciais da imagem corporal, e do conteúdo misógino direcionado aos meninos.
José Dirceu, ex-presidente do PT e articulador do primeiro governo Lula, voltou a traçar reflexões políticas após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou suas condenações na Lava-Jato. De olho em uma potencial candidatura em 2026, Dirceu retoma o protagonismo no debate partidário e estratégico.
Em entrevista ao jornal O GLOBO, Dirceu destacou que a recente vitória de Donald Trump nos Estados Unidos acende um sinal de alerta para a esquerda e para o governo Lula. Ele ressalta que, apesar das diferenças entre os contextos políticos dos EUA e do Brasil, a ascensão conservadora traz lições cruciais.
— Bolsonaro não é o Trump. Lula não é Biden nem Kamala Harris. Trump moldou o Partido Republicano ao seu jeito, mas nossa direita não é toda bolsonarista. Bolsonaro comanda o PL, mas outros partidos podem estar ou não ao seu lado. A esquerda precisa reagir, recuperar espaço, conectar-se com a juventude e modernizar sua mensagem — afirmou Dirceu.
Segundo ele, a eleição nos EUA mostrou que as disputas políticas hoje vão além do cenário econômico, com questões culturais e ideológicas ganhando destaque. Dirceu observa que Joe Biden conduziu um governo com resultados positivos, que deveriam refletir em alta aprovação, mas que não foi suficiente para manter seu partido no poder.
A vitória de Donald Trump encontra uma América Latina prostrada, dividida e silenciosa. Mantendo-se fiel ao perfil de baixa prioridade estratégica para a grande potência do Norte, a região já não se projeta internacionalmente como um coletivo com voz política própria e diferenciada. Trata-se de uma zona geográfica de poucas palavras, de peso decrescente na economia mundial, cobiçada por interesses extrarregionais em razão de suas riquezas minerais, de seu lugar como pulmão verde de um planeta que respira mal e de sua sistemática capacidade de oferta de delito organizado.
Independentemente de sua condição periférica, a região sofrerá o impacto do resultado das urnas americanas, particularmente com referência a três temas: questão migratória, democracia e geopolítica mundial.
Com certa ironia, a região deu seu aporte ao mote Faça a América Grande Outra Vez (“Make America Great Again”), slogan que também vem sendo subentendido como Faça a América Branca Outra Vez. Durante toda a sua campanha, o republicano mencionou o tema migratório de forma entrelaçada com os problemas causados pela porosidade em vários pontos dos 3,2 mil quilômetros de fronteira com o México.
De fato, trata-se de uma contribuição pelo avesso, já que ela se dá a partir de uma agenda negativa, a qual não só foi de enorme serventia para Trump como atuou como um estímulo de sentimentos que frequentam a agenda do ódio das massas que o apoiam. A menção constante do México e de seus migrantes como os grandes responsáveis pela entrada do crime e da violência no país passou a legitimar sentimentos de xenofobia, racismo e agressividade.
É “praticamente certo” que este ano substituirá 2023 como o mais quente do mundo desde o início dos registros, disse o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia nesta quinta-feira (7).
Os dados foram divulgados antes da cúpula climática da ONU COP29, a ser realizada na próxima semana no Azerbaijão, onde os países tentarão chegar a acordo sobre um grande aumento no financiamento para combater as mudanças climáticas. A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos reduziu as expectativas para as negociações.
O C3S informou que, de janeiro a outubro, a temperatura média global foi tão alta que 2024 certamente será o ano mais quente do mundo – a menos que a anomalia de temperatura no restante do ano caia para quase zero.
“A causa fundamental e subjacente do recorde deste ano é a mudança climática”, disse à Reuters o diretor do C3S, Carlo Buontempo.
O número de mortos confirmados nas inundações de 29 de outubro na Espanha subiu para 219 e as autoridades registram 93 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Os dados oficiais anteriores eram de 217 mortos e 89 desaparecidos.
A maioria é da região autônoma da Comunidade Valenciana, no leste da Espanha, onde estão confirmados 211 mortos.
Na região de Castela La Mancha, área vizinha, morreram mais sete pessoas e outra morte foi registrada durante o temporal da semana passada na Andaluzia, no sul do país.
A 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, chamada P20, começou nesta quarta-feira (6) no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. O tema desta edição é “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”.
O evento reúne representantes dos parlamentos das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, além de organismos internacionais.
Durante três dias, serão discutidas propostas para combater as desigualdades de gênero e raça, a fome e a pobreza, e a crise ambiental.
Na abertura do evento, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a igualdade de gênero.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, reconheceu o resultado eleitoral em discurso transmitido pela televisão para a nação nesta quarta-feira, após uma campanha turbulenta que não conseguiu impedir o retorno do republicano Donald Trump à Casa Branca.
“Embora eu admita esta eleição, não abro mão da luta que alimentou esta campanha”, disse a apoiadores em sua alma mater, a Howard University, uma faculdade historicamente negra.
A vice-presidente se comprometeu a seguir lutando pelos direitos das mulheres, contra a violência armada e a “lutar pela dignidade que todas as pessoas merecem”.
Kamala disse que ligou para o presidente eleito, Trump, parabenizou-o por sua vitória e prometeu se engajar em uma transferência pacífica de poder.
Em discurso realizado no início da tarde desta quarta-feira 6, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, reconheceu a derrota na eleição para a Casa Branca e afirmou que “é preciso aceitar os resultados”.
“Sei que as pessoas estão sentindo uma série de emoções agora, mas precisamos aceitar os resultados desta eleição”, afirmou Kamala.
Em seu pronunciamento, a candidata democrata afirmou que pretende auxiliar no processo de transição de entre os governos de Joe Biden e Donald Trump – que toma posse em janeiro do ano que vem.
“Mais cedo eu conversei com o presidente eleito Donald Trump e o parabenizei pela sua vitória. Eu também o disse que nós vamos ajudá-lo e à sua equipe com a sua transição de governo e vamos nos engajar em uma pacífica transferência de poder.”
O desempenho do Partido Republicano nas eleições estadunidenses deste ano surpreendeu parte dos analistas e especialistas brasileiros que acompanham o dia a dia da política e da economia da maior potência econômica mundial.
Além de Donald Trump ter superado, com folga, a candidata democrata Kamala Harris na disputa pela presidência dos Estados Unidos, os republicanos já conquistaram a maioria dos assentos no Senado, que, atualmente, é controlado pelos democratas. E caminham para assumir também o comando da Câmara dos Deputados.
Se a vitória na Câmara se confirmar, Trump, que já presidiu os Estados Unidos entre 2017 e 2021, chegará à Casa Branca contando com uma maioria de congressistas que, em tese, estarão mais dispostos a ajudá-lo a cumprir suas promessas de campanha. Situação que o próprio Trump, ao discursar logo após a divulgação dos primeiros resultados apontando sua vitória, classificou como um “mandato sem precedentes”.
“O fato de o Trump ter ganhado não é surpresa. No mercado financeiro, em particular no norte-americano, havia mais apostas neste sentido. Ainda assim, a expectativa era de que as eleições seriam mais apertadas e, neste sentido, o resultado [geral] sim, surpreendeu”, disse à Agência Brasil o economista-chefe da empresa de tecnologia financeira Nomad, Danilo Igliori, classificando o resultado das urnas como “uma vitória maiúscula e incontestável” dos republicanos.
A vitória de Donald Trump à Casa Branca deu força ao dólar nas primeiras negociações nesta quarta-feira 6, porém, nas buscas do Google, a cotação ficou acima do visto em outros terminais.
Pela manhã, o site de buscas chegou a mostrar o valor da divisa norte-americana em R$ 6,18, enquanto no terminal Refinity a cotação bateu máxima de R$ 5,861.
A variação na cotação confundiu investidores do mercado financeiro que usam a plataforma Google Finance para consultas.
Por volta do meio-dia, o valor foi corrigido e, até 16h, a cotação não aparecia mais na página principal do site de buscas.
A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos às vésperas da cúpula de líderes do G20 traz incertezas sobre o cumprimento das decisões que serão pactuadas entre as maiores economias do mundo, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. Ao longo do último governo, Trump não priorizou espaços de discussão internacional e chegou até mesmo a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
A Cúpula do G20 representa a conclusão dos trabalhos conduzidos pelo país que ocupa a presidência rotativa do grupo, que neste ano é o Brasil. É o momento em que chefes de Estado e de governo aprovam os acordos negociados ao longo do ano e apontam caminhos para lidar com os desafios globais. A Cúpula será nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Apesar de ainda ocorrer sob a presidência norte-americana de Joe Biden, os acordos firmados deverão ser cumpridos pelo país sob a liderança de Trump. “Isso é algo que preocupa o mundo inteiro porque a economia dos Estados Unidos ainda é a maior do mundo”, diz o pesquisador Vitelio Brustolin, da Universidade de Harvard. De acordo com ele, propostas que estão sendo discutidas pelo G20 como propostas para o meio ambiente, combate à fome e taxação de grandes fortunas, “com a vitória de Trump, são esvaziadas”, diz.
Segundo o pesquisador, Trump tem um perfil isolacionista, de colocar os Estados Unidos em primeiro lugar, de não valorizar espaços internacionais multilaterais como o G20 e até mesmo de descumprir acordos internacionais, como foi o caso, em 2017, do Acordo de Paris. “Então, como é que se fala em compromissos em um evento como esse quando o histórico do Trump não é de manutenção desse tipo de compromisso?”, questiona.
Ao declarar vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, apesar de a contagem de votos não estar oficialmente concluída, o presidente eleito, Donld Trump, começa a receber mensagens de líderes mundiais.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, foi um dos primeiros a reagir. “A caminho de uma vitória maravilhosa”, escreveu Órban numa publicação no Facebook, quando ainda se contabilizavam os votos.
Mais tarde, quando a eleição de Trump estava praticamente assegurada, o primeiro-ministro húngaro voltou a mencionar as eleições norte-americanas, afirmando que este “é o maior regresso da história política dos EUA”.
“Parabéns ao presidente Trump pela enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o mundo”, disse Órban em mensagem publicada na rede social X.
A Interpol anunciou nesta quarta-feira (6) ter feito a “maior operação contra o tráfico de seres humanos”, detendo mais de 2.500 pessoas e resgatando mais de 3.000 potenciais vítimas em todo o mundo.
A Operação “Liberterra II” ocorreu em 116 países e territórios entre 29 de setembro e 4 de outubro, informou, em comunicado, a organização internacional de polícia criminal, com sede em Lyon, na França.
O processo permitiu “resgatar 3.222 potenciais vítimas”, incluindo menores forçados a trabalhar em explorações agrícolas na Argentina, migrantes em discotecas na Macedônia, mendigos no Iraque, trabalhadores domésticos no Oriente Médio e “identificar 17.793 migrantes irregulares”,acrescentou.
Um total de 2.517 detenções foram feitas durante esta semana, das quais 850 diziam respeito especificamente ao tráfico de seres humanos, principalmente de migrantes, disse a Interpol, explicando que esses são resultados preliminares.
O republicano Donald Trump garantiu sua volta à presidência dos Estados Unidos ao superar a candidata democrata Kamala Harris, consolidando sua posição ao vencer na Pensilvânia. Mesmo antes de atingir os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral, Trump se declarou vencedor e discursou para apoiadores na Flórida, celebrando o retorno à Casa Branca.
O anúncio de sua vitória provocou uma onda de reações internacionais. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou a eleição de Trump de “o maior retorno da História” e destacou a oportunidade de fortalecer a aliança entre Israel e os EUA. Na França, Emmanuel Macron, presidente do país, felicitou Trump por meio de uma publicação no X, ressaltando a disposição de continuar a cooperação, apesar das diferenças.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, parabenizou Trump e expressou esperança de que sua abordagem de “paz pela força” possa trazer estabilidade à Ucrânia. Durante sua campanha, Trump sinalizou a possibilidade de revisar o apoio a Kiev, indicando que resolveria a guerra em “um dia”.
No Reino Unido, o premier Keir Starmer declarou a expectativa de uma colaboração contínua entre as duas nações. Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, enfatizou a longa cooperação entre EUA e Alemanha, enquanto Viktor Orbán, da Hungria, classificou a vitória de Trump como “muito necessária para o mundo”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou “os primeiros combates” das tropas ucranianas contra soldados norte-coreanos que se juntaram ao Exército russo na frente de batalha.
“Os primeiros combates com soldados norte-coreanos abrem nova página de instabilidade no mundo”, afirmou Zelensky, nessa terça-feira (5) à noite, no habitual discurso à nação.
O líder ucraniano voltou a pedir à comunidade internacional que “faça tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que falhe esse passo russo para expandir a guerra”.
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, já tinha comunicado os primeiros contatos na frente de batalha entre as Forças Armadas norte-coreanas e ucranianas.
O ex-presidente Donald Trump venceu as eleições presidenciais americanas, derrotando a candidata democrata Kamala Harris e conquistando um segundo mandato não consecutivo, um feito raro na história dos Estados Unidos. Trump, que já havia assegurado uma vantagem decisiva ao vencer na Pensilvânia, consolidou sua vitória ao superar Harris no estado-pêndulo de Wisconsin. A confirmação veio por volta das 7h30 (horário de Brasília), destacando uma das eleições mais disputadas das últimas décadas.
Em discurso realizado na Flórida antes de completar os 270 delegados necessários, Trump agradeceu aos eleitores e prometeu unir o país. “Esta será lembrada como a era em que o povo americano recuperou o controle de seu país”, declarou, exaltando a vitória como um marco político. O ex-presidente prometeu “lutar todos os dias” por uma América “forte, segura e próspera”.
A campanha de Trump, marcada por críticas ao governo de Joe Biden e pela evocação de seu legado no período 2017-2021, também foi pontuada por suas contínuas alegações contra a integridade do processo eleitoral. Durante seu discurso de vitória, o republicano mencionou o atentado que sofreu em julho durante um comício, afirmando que sua sobrevivência tinha um propósito maior: “salvar nosso país e restaurar a grandeza da América”.
A vitória de Trump também trouxe mudanças significativas no Congresso, com o Partido Republicano reassumindo o controle do Senado, aumentando a pressão sobre os democratas.