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Da Tribuna do Norte – Visita feita pelo corpo técnico do Crea-RN foi à barragem Passagem das Traíras, que integra a bacia do rio Piranhas-Açu, no interior do Rio Grande do Norte. De acordo com Eunélio Silva, não há riscos de ruptura por parte da barragem, conforme havia apontado a Agência Nacional das Águas.

Embora, na sua visão, não apresente os riscos apontados pela ANA, o engenheiro atenta para as necessidades de manutenção. Inaugurada em 1994, a barragem, na visão do técnico, nunca passou por reparos. O que realmente preocupa o engenheiro é uma floresta – com árvores de grande porte, inclusive – que acabou se instalando na “montante”, trecho ao lado da barragem que recebe as águas.

“Isso aí ocupa um espaço de armazenamento da barragem. Eu acho que ali tem pelo menos 30% comprometido da barragem.” Essa floresta estaria ocupando um lugar em que a água vai escoar antes do que deveria, uma vez que a água não chegaria ao local adequado para o armazenamento.

Em contraponto, a Agência Nacional das Águas emitiu recomendação à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh/RN) em abril deste ano em que pedia a abertura de válvulas do reservatório, mantendo um nível d’água de segurança de 185m, o que correspondia a 6% do reservatório. A recomendação, inclusive, já havia sido estabelecida em março de 2017. A medida, de acordo com a ANA, só foi tomada em virtude da ausência de estudos técnicos sobre a integridade e medidas corretivas da barragem por parte da pasta potiguar.

“Embora a medida resulte na impossibilidade de recuperação dos volumes armazenado no açude, com consequências sobre o abastecimento da população no futuro, é mais importante neste momento resguardar a integridade da estrutura, as atividades econômicas e as vidas das pessoas residentes no vale a jusante, que estarão sob risco caso o reservatório venha a encher.”, disse a Agência, à época da divulgação do relatório.

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