Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) constatou que as máscaras de algodão, as mais comumente usadas pela população na prevenção da covid-19, têm eficiência de 20% a 60%. A pesquisa, divulgada no último dia 4, foi publicada na revista Aerosol Science & Technology.
O estudo mediu a eficiência de filtração de aproximadamente 300 máscaras faciais, de diferentes tecidos, máscaras cirúrgicas e as PFF2 – sigla para peça facial filtrante com eficiência de, pelo menos, 94% segundo classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para realizar o teste, os pesquisadores produziram partículas de aerossol de tamanhos variados e observaram a concentração delas no ar antes e depois da filtragem pela máscara.
Segundo os resultados, as máscaras PFF2 apresentaram a maior eficiência para todos os tamanhos de partículas, em torno de 98%, e foram consideradas como referência para avaliação de desempenho. As máscaras cirúrgicas também tiveram ótima eficiência, de 89%.
As máscaras de TNT (tecido não tecido) mostraram uma eficiência média de 78%, sendo considerado o melhor material para a fabricação de máscaras caseiras. Mas o material mais comumente usado nas máscaras caseiras é o algodão, que apresentou uma eficiência de filtração muito variável, entre 20% e 60%, e média de 40%, não se mostrando uma boa opção para a confecção de máscaras.