O número de demissões provocadas por mortes de trabalhadores do comércio no Rio Grande do Norte aumentou 110% entre janeiro e junho de 2021. É o maior crescimento percentual da região Nordeste e o 8º do país. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Estudos e Estatísticas InterSindicais (Dieese) e inclui apenas os trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada.
A média do Estado potiguar foi maior que a do Brasil, com 87% de aumento e um total de 57.862 trabalhadores desligados por motivo de morte. No Rio Grande do Norte, enquanto 59 trabalhadores foram desligados em 2020 por motivo de morte, no primeiro semestre deste ano o número subiu para 124.
A pesquisa levou em consideração os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, no comparativo entre o primeiro semestre de 2021 com o mesmo período do ano anterior. O saldo mais impactante foi entre vendedores do comércio atacadista. A alta foi de 204% em relação a 2020.
O único estado do país que não apresentou crescimento nesse tipo de dado foi o Amapá, que registrou recuo de 17%. Já o Paraná foi o estado com o maior percentual de aumento no número de trabalhadores celetistas desligados por falecimento: 175%.
Em números absolutos, o Rio Grande do Norte teve menos desligamentos este ano, entre os estados nordestinos, do que Bahia (397), Pernambuco (268), Ceará (247) e Maranhão (133). Com o menos demissões por morte do que o RN aparecem Paraíba (112), Alagoas (81), Piauí (72) e Sergipe (69).
De acordo com o Dieese, o alto número de desligamentos de trabalhadores por morte durante o primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, é consequência da pandemia de covid-19.
Saiba Mais – Agência de Reportagem