O deputado federal General Girão (PL-RN) afirmou estar “tranquilo” em relação ao depoimento que prestará à Polícia Federal nesta quarta-feira 11. Em suas redes sociais, o parlamentar declarou estar pronto para a oitiva, lamentando a impossibilidade de estar presente no Rio Grande do Norte, que recebe a visita do ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Hoje, dia 11 de outubro, quero lhes informar que estou preparado para ir para Polícia Federal para participar de um depoimento onde fui inserido no inquérito policial em relação aos atos de 8 de janeiro. Estou tranquilo. Sei do que fiz e do que não fiz. Sou um representante do povo potiguar com muito orgulho. Tenho defendido, sim, as nossas pautas de defesa dos princípios e valores cristãos”, disse General Girão.
Em relação à visita de Flávio Dino ao RN, General Girão ressaltou a importância dos investimentos no sistema prisional que o ministro anunciará, mas manifestou a expectativa de medidas mais assertivas no combate ao crime.
“O ministro da Justiça está indo ao Rio Grande do Norte para anunciar medidas de apoio ao sistema prisional. É claro, elas são bem vindas também. Mas ele tinha também que anunciar medidas de apoio ao combate ao crime. O crime que está dominando o nosso estado. O crime está ganhando espaço na região Nordeste do Brasil”, declarou o deputado federal.
PF marca depoimento de General Girão sobre incitação a atos golpistas para hoje
A Polícia Federal (PF) agendou o depoimento do deputado federal General Girão (PL-RN) para esta quarta-feira. A oitiva ocorrerá em Brasília, no contexto de um inquérito que investiga a possível incitação do parlamentar a atos contra à democracia.
O inquérito, iniciado em julho a pedido da Procuradoria-Geral da República e da própria PF, está sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro, o ministro estabeleceu um prazo de 10 dias para a realização do depoimento, que venceu na última sexta-feira, dia 6. Portanto, o depoimento ocorrerá após o prazo estipulado.
General Girão enfrenta acusações relacionadas a publicações em redes sociais que sugeriram uma possível intervenção militar e levantaram dúvidas sobre a integridade do sistema eleitoral. Além disso, o deputado participou de um acampamento que defendia a intervenção das Forças Armadas após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. Em frente ao 16º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, em Natal, ele discursou pelo uso de um megafone, incentivando a continuidade do protesto que pedia a intervenção das Forças Armadas. O acampamento foi encerrado somente em janeiro, após a posse de Lula como presidente.
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