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17/10/2023, “Queria agradecer muito o povo brasileiro. Todos que estão nos acompanhando pelas redes, pelo jornal, pelas notícias, pela internet, obrigada a todos por estar conosco, também a embaixada brasileira”, afirmou Shahed  Al-Banna, de 18 anos. Foto: Frame de Vídeo/Arquivo Pessoal
© Frame de Vídeo/Arquivo Pessoal

Os brasileiros que aguardam a abertura da fronteira com o Egito no sul Faixa de Gaza receberam nesta terça-feira (17) ajuda da embaixada do Brasil para compra de água, alimentos e demais itens de primeira necessidade. Enquanto o grupo fazia as compras, uma bomba caiu próximo ao mercado.  

Parte dos brasileiros está abrigada em uma residência alugada pela embaixada brasileira na cidade de Rafah, próximo à fronteira com o Egito.  

“Queria agradecer muito o povo brasileiro. Todos que estão nos acompanhando pelas redes, pelo jornal, pelas notícias, pela internet, obrigada a todos por estar conosco, também à embaixada brasileira”, afirmou Shahed  Al-Banna, de 18 anos. A brasileira está em Gaza há cerca de 1 ano e meio, desde que foi visitar a mãe que estava doente.  

Shahed filmou quando um explosivo caiu próximo ao supermercado: “gente, bem do lado de onde a gente está caiu uma bomba bem aqui”, relatou, enquanto filmava a fumaça do ataque.

Já o palestino naturalizado brasileiro Hasan Habee, de 30 anos, informou que o pessoal da embaixada brasileira entregou alimentos e água na residência onde ele está hospedado, na cidade de Khan Yunis.

“Muito tempo a gente estava sem água para beber. Obrigado governo do Brasil, embaixador do Brasil, equipe da embaixada que conseguiu mandar pra nós a alimentação, bebida, bastante água, dá para bastantes dias. A gente estava louco para beber água boa”, relatou.  

“Muito tempo a gente estava sem água para beber. Obrigado governo do Brasil, embaixador do Brasil, equipe da embaixada que conseguiu mandar pra nós a alimentação, bebida, bastante água, dá para bastantes dias. A gente estava louco para beber água boa”, relatou.  

Hasan Habee vive em São Paulo com a mulher e as duas filhas menores e foi a Gaza poucos dias antes do início dos ataques para visitar a família. Desde então, tenta deixar a região. Nessa terça-feira (17), Habee informou que os bombardeios na cidade continuam intensos

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o escritório de representação do Brasil em Ramala, na Palestina, tem mantido contato direto com os brasileiros, fornecendo, inclusive, ajuda psicológica. O embaixador do Brasil no local, Alessandro Candeas, disse que eles foram avisados de que estava começando a faltar água e alimentos.

“Enviamos recursos e eles conseguiram comprar água, alimentos, remédios. Isso nos dá mais tempo e tranquilidade até que seja aberta a fronteira e eles possam sair”, completou

A população da Faixa de Gaza vive um cerco de Israel e sofre com a falta de água, eletricidade e alimentos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a falta de água coloca em risco a saúde da população.

Segundo o 7º boletim publicado pela Agência da ONU de Assistência para os Refugiados da Palestina (UNRWA), a água é fundamental “pois as pessoas começarão a morrer sem água. As preocupações com a desidratação e as doenças transmitidas pela água são elevadas, dado o colapso dos serviços de água e saneamento, incluindo o encerramento hoje da última central de dessalinização de água do mar em funcionamento em Gaza”.

Agência Brasil

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