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Palestinian holding a foreign passports waits for permission to leave Gaza, amid the ongoing conflict between Israel and Palestinian Islamist group Hamas, at the Rafah border crossing with Egypt, in Rafah in the southern Gaza Strip, November 3, 2023. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
© REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

A fronteira que liga a Faixa de Gaza ao Egito foi reaberta nesta segunda-feira (6) após dois dias fechada, informou o Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia. A fronteira de Rafah estava fechada desde que Israel bombardeou ambulâncias usadas para transportar feridos.

Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, estão passando na fronteira os estrangeiros e os feridos autorizados a sair de Gaza nas listas anteriores. Isso porque, pelo segundo dia consecutivo, não foram divulgadas novas listas de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza.

“Aguardamos agora que os brasileiros entrem na lista de autorizados”, disse o embaixador. A última lista divulgada no sábado (4) tinha o nome de 599 estrangeiros, entre esses, 386 com passaporte dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha.

Este foi o quarto grupo de estrangeiros ou residentes com dupla nacionalidade que as autoridades egípcias e israelenses, com a anuência do governo estadunidense, autorizaram a ingressar em território egípcio.  

O ministro das Relações Exteriores do Brasil Mauro Vieira conversou com o ministro do Exterior de Israel, Eli Cohen, na última sexta-feira (3). Segundo o chanceler brasileiro, o ministro israelense deu garantias de que até esta quarta-feira (8) os brasileiros na Faixa de Gaza passariam pela fronteira com o Egito.

Um grupo de 34 brasileiros espera desde o início da guerra autorização para deixar Gaza. Eles estão divididos entre as cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul do enclave palestino. O brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, informou nesta segunda-feira (6) que está muito difícil achar comida e que não há água potável para beber. Já os alimentos são cozidos em fogões a lenha.

“Cada dia é pior que o outro. Água não tem mineral, estamos tomando água encanada. Hoje 31 dias sem energia. O mais difícil agora é encontrar alimentação. Além da guerra e do bombardeiro, outro sofrimento é a comida. Muita gente passa fome”, afirmou.

Agência Brasil

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