O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva analisa um convite feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) para se tornar um dos “aliados” do grupo. O tema está em análise pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O convite foi feito nesta quinta-feira.
Apesar do convite, técnicos do governo e diplomatas manifestam resistência à adesão do Brasil ao grupo. A análise atual destaca que o país está em um momento ascendente na produção de petróleo, o que levanta questionamentos sobre sua entrada em um grupo cujo propósito é definir preços por meio de cortes na produção. Além disso, a presença de várias empresas no Brasil, incluindo a Petrobras, uma estatal de capital misto, torna complexo determinar cortes ou aumentos de produção.
Vale ressaltar que o Brasil figura entre os 10 maiores exportadores de petróleo globalmente.
A Opep, estabelecida em 1960, compreende atualmente 13 grandes países produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Venezuela. No entanto, grandes produtores como Estados Unidos, Canadá, Brasil, China e Catar não fazem parte do grupo.
A sigla “Opep+”, representada pelo símbolo de adição, engloba também os “países aliados”, que, embora não façam parte efetiva da organização, colaboram de maneira conjunta em algumas políticas internacionais relacionadas ao comércio de petróleo e na mediação entre membros e não membros. Atualmente, países como Azerbaijão, Bahrein, Malásia, México e Rússia são aliados que compõem a Opep+.
Com informações do Jornal O Globo
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