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Ex-presidente Jair Bolsonaro / Foto: José Aldenir - Agora RN
Ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: José Aldenir - Agora RN

O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, teria ajustado uma minuta de golpe de Estado apresentada por Filipe Martins e Amauri Feeres Saad, de acordo com a Polícia Federal (PF). Bolsonaro teria feito alterações no texto, removendo os pedidos de prisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, e do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

As informações estão contidas no relatório da PF que embasou a operação desta quinta-feira 8, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ação visa aliados de Bolsonaro que teriam tentado um golpe de Estado para mantê-lo na Presidência após a derrota nas eleições de 2022.

“A análise e as discussões sobre o documento mais robusto apresentado por FILIPE GARCIA MARTINS PEREIRA teriam suscitado a convocação de uma série de reuniões pelo então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO, inclusive para tratativas com militares de alta patente sobre a instalação de um regime de exceção constitucional. Mensagens encaminhadas por MAURO CID para o General FREIRE GOMES sinalizam que o então Presidente JAIR MESSSIAS BOLSONARO estava redigindo e ajustando o Decreto e já buscando o respaldo do General ESTEVAM THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls.169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento (fls. 150-169)“, diz o trecho do relatório da PF citado na decisão do STF que embasou a Operação Tempus Veritatis.

“Conforme descrito, os elementos informativos colhidos revelaram que JAIR BOLSONARO recebeu uma minuta de Decreto apresentado por FILIPE MARTINS e AMAURI FERES SAAD para executar um Golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, ALEXANDRE DE MORAES e GILMAR MENDES, além do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e por fim determinava a realização de novas eleições. Posteriormente foram realizadas alterações a pedido do então Presidente, permanecendo a determinação de prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições. Nesse sentido, era relevante para os investigados monitorarem o Ministro ALEXANDRE DE MORAES para executarem a pretendida ordem de prisão, em caso de consumação do Golpe de Estado”, afirma a PF em outro trecho do documento.

*Com informações da CNN Brasil

AgoraRN

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