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Casa atingida por ataque israelense em Rafah, sul de Gaza 16/2/2024 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
© REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (16) que estava tentando obter acesso ao maior hospital em funcionamento em Gaza, o Hospital Nasser, após uma operação israelense.

“Ainda há pacientes gravemente feridos e doentes dentro do hospital”, disse o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic.

“Há uma necessidade urgente de fornecer combustível para garantir a continuidade da prestação de serviços que salvam vidas… Estamos tentando obter acesso porque as pessoas que ainda estão no complexo médico Nasser precisam de assistência.”

O maior hospital em funcionamento de Gaza está sitiado, nesta sexta-feira, com pacientes e médicos desamparados no caos, enquanto aviões de guerra atacam Rafah, o último refúgio dos palestinos no enclave, segundo autoridades.

As forças israelenses disseram na quinta-feira (15) que invadiram o complexo de saúde, e imagens mostraram gritos e tiros em corredores escuros, em uma incursão que gerou um novo alarme sobre o destino de centenas de pacientes e profissionais da área médica, além dos muitos palestinos deslocados que buscaram abrigo no local para fugir dos combates.

Os militares israelenses chamaram a incursão no Hospital Nasser de “precisa e limitada” e disseram que ela se baseou em informações de que militantes do Hamas estavam escondidos e mantinham reféns na instalação, com alguns corpos de prisioneiros possivelmente lá.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou hoje que cinco pacientes do hospital morreram na terapia intensiva em decorrência da falta de energia e da interrupção do fornecimento de oxigênio.

Os militares israelenses disseram ainda que suas tropas haviam detido mais de 20 palestinos que, segundo eles, estavam envolvidos no ataque de 7 de outubro e detiveram dezenas de outros para interrogatório. Os soldados também encontraram munição e armas no hospital.

A guerra começou quando o Hamas enviou combatentes para Israel, matando 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e fazendo 253 reféns, de acordo com os registros israelenses.

Desde então, a ofensiva aérea e terrestre de Israel devastou a minúscula Gaza, matando 28.775 pessoas, também em sua maioria civis, segundo as autoridades de saúde palestinas, e forçando quase todos os seus mais de 2 milhões de habitantes a deixarem suas casas.

*Com informações de Gabrielle Tétrault-Farber e Nidal al-Mughrabi, Repórteres da Reuters

Agência Brasil

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