O prefeito da capital e maior cidade do Rio Grande do Norte, Álvaro Dias (Republicanos), e o prefeito da terceira maior cidade do Estado, Parnamirim, vizinha a Natal, Rosano Taveira (Republicanos), vivem um dilema parecido na sucessão de ambos. Sem poderem se candidatar à reeleição e sem terem preparado alguém para sucedê-los, chegam a março sem candidatos(as) e sob pressão das várias forças políticas, para apoiarem esse ou aquele pré candidato(a).
Como numa partida de futebol, os 45 minutos do segundo tempo estão chegando e a indecisão de Álvaro e Taveira deixa impacientes as torcidas de pré candidatos(as) a prefeito em Parnamirim e Natal. Quase que diariamente são feitas jogadas políticas para pressionar e convencer Álvaro e Taveira a apoiar um dos pré-candidatos(as). E essas jogadas são expostas nas mídias tradicionais e nas redes sociais como verdades, que não são.
Há poucos dias, os partidos União Brasil, PSDB e PP firmaram acordo para caminharem juntos na sucessão de Parnamirim. Um detalhe curioso é que no meio desse balaio estão a vice-prefeita Kátia Pires (União Brasil) e o presidente da câmara municipal de Parnamirim, Wolnei França, ambos pré-candidatos a prefeito. Seria uma jogada política para pressionar Taveira, que parece não ter simpatia por esses nomes e segura a bola do jogo? Até quando ele vai segurar essa jogada, ninguém sabe. A pergunta que fica é se Taveira é homem de ceder ou aguentar pressão. Só ele tem essa resposta e o nome do candidato(a) que irá apoiar.
Já em Natal, domingo passado, o partido Republicanos realizou um evento de filiações partidárias, que foi suficiente para se criar uma fofoca sobre se o pré-candidato Paulinho Freire, do União Brasil, foi ou não convidado pelo prefeito de Natal, Álvaro Dias, líder maior do partido no estado. A turma que torce por Paulinho foi para as mídias alardear que Álvaro prestigiou o pré candidato do União Brasil, que teria sido recebido calorosamente. Uma clara tentativa de reaproximar o deputado federal Paulinho Freire de Álvaro Dias. Convidado ou não, Paulinho Freire foi ao evento, mas Álvaro prestigiou mesmo foi a sua secretária municipal de planejamento, a pré-candidata Joana Guerra, que falou no encontro.
E nesse vai e vem de plantação de notícias, a favor e contra esse ou aquele pré candidato, as sucessões de Natal e Parnamirim vão caminhando a passos de tartaruga, desde o ano passado. A realidade é que Álvaro e Taveira não souberam preparar um candidato(a) para sucedê-los, ou mantém guardado a sete chaves o segredo dos nomes que irão apoiar para prefeito(a) de Natal e de Parnamirim. O dilema de ambos é apoiar um candidato(a) que possam chamar de seu, e nesta decisão há pesos e contrapesos a considerar, conforme o projeto político futuro de cada um deles.
Álvaro sonha em ser governador em 2026 e quer a reeleição do filho, Adjuto Dias, a deputado estadual. Para tornar este sonho realidade, precisa do apoio de quem se eleger para a prefeitura de Natal em 2024. O projeto político futuro do prefeito Taveira ainda não é explícito, mas com certeza ele quer, no mínimo, garantir a reeleição do filho Taveira Júnior a deputado estadual. E por hora, seguem Álvaro e Taveira sem candidatos à sucessão.
AgoraRN