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(Foto: Arquivo Tribuna do Norte)
(Foto: Arquivo Tribuna do Norte)

Servidores do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) se reúnem no início da tarde desta quarta-feira (3) em frente ao Campus Central, no bairro do Tirol, em Natal, em uma ação referente ao indicativo de greve programado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) para a data. A paralisação por tempo indeterminado está prevista para começar na próxima segunda-feira (8). Dentre as reivindicações dos professores e técnicos docentes estão a recomposição de perdas salariais e a reestruturação de carreiras. Eles reclamam de defasagens iniciadas no governo Temer.

Geraldo Peregrino, diretor de Comunicação do Sinasefe, explicou que o ato desta quarta-feira será para cumprir os prazos de aviso de início da greve, que deve ser de 72 horas. Na quinta-feira (4), segundo ele, as mobilizações pelo movimento continuarão em paralelo às atividades dos campi. “Nesta quarta, vamos comunicar da paralisação ao reitor, que será iniciada, de fato, na segunda-feira, quando permanecerão apenas alguns serviços essenciais, como segurança, manutenção e informática. A gente pleiteia a recomposição de perdas salariais – de 34,32% para técnicos e de 22,71% para professores – em razão da inflação dos últimos anos”, disse Peregrino.

Também pedimos a reestruturação de carreira para os professores, além das alterações de carreira administrativa, implantação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para os técnicos e percentuais de incentivo aos professores. No caso dos docentes, as perdas são menores porque houve um aumento de cerca de 10% dado no governo Temer. No ano passado, o presidente Lula concedeu reajuste de 9% para os trabalhadores dos Ifs, mas as perdas não foram totalmente contempladas”, completa o diretor de Comunicação do Sinasefe. Segundo ele, o movimento também tem como foco a recomposição do orçamento dos institutos.

O reitor do IFRN, professor José Arnóbio de Araújo Filho, afirmou que espera uma resolução rápida das negociações e disse que, por enquanto, não estão previstas alterações no calendário acadêmico da instituição. “Entendemos que o exercício de direito à greve dos servidores é legítimo e a pauta é justa. É cedo para falarmos mais a respeito, visto que o movimento paredista inicia nesta quarta. Por ora, o calendário acadêmico segue inalterado e vamos avaliar a situação a respeito das paralisações à medida que elas ocorrerem”, pontuou.

Esperamos que o Governo e os sindicatos possam o mais rápido possível encontrar uma solução que contemple as reivindicações dos servidores para que os estudantes possam continuar a ter a oferta de educação pública, gratuita, de qualidade socialmente referendada”, disse em seguida o gestor.

O coordenador-geral da Sinasefe, David Lobão, revelou que a greve abrangerá professores e funcionários técnico-administrativos dos Institutos Federais de mais de 600 campi em todo o Brasil, além do Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Instituto Benjamin Constant, bem como colégios e escolas federais vinculadas ao Ministério da Defesa. O movimento deve ocorrer em pelo menos 18 unidades federativas do País.

Tribuna do Norte

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