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Hospital Al Shifa de Gaza após invasão israelense
 8/4/2024    REUTERS/Dawoud Abu Alkas
© Dawoud Abu Alkas

O Hamas disse nesta terça-feira (9) que uma proposta israelense de cessar-fogo na guerra em Gaza não atendeu a nenhuma das demandas das facções militantes palestinas.

A proposta foi entregue ao Hamas por mediadores do Egito e do Catar em conversações no Cairo, com o objetivo de encontrar uma saída para a guerra devastadora no enclave palestino, agora em seu sétimo mês.

Enquanto isso, as forças israelenses intensificaram os bombardeios em Deir Al-Balah e Rafah, no centro e no sul da Faixa de Gaza, nesta terça-feira, duas áreas que não foram invadidas até então, segundo médicos e moradores.

Um ataque aéreo matou um chefe municipal no campo de refugiados de Al-Maghazi, na região central de Gaza, de acordo com o Hamas. Israel disse que ele era um oficial militar.

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu disse hoje que completará a eliminação das brigadas do Hamas, inclusive na cidade de Rafah, no sul de Gaza, e nada impedirá isso.

“Não há força no mundo que possa nos impedir. Há muitas forças que estão tentando fazer isso, mas isso não ajudará, já que esse inimigo, depois do que fez, nunca mais fará isso novamente.”

As conversações no Cairo, que também contaram com a presença do diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA, William Burns, até agora não conseguiram chegar a um avanço para interromper a guerra.

O Hamas afirmou que uma nova proposta israelense não atendeu às suas exigências.

“O movimento (Hamas) está interessado em chegar a um acordo que ponha fim à agressão ao nosso povo, apesar de a posição israelense permanecer intransigente e não atender a nenhuma das demandas do nosso povo e da nossa resistência”, declarou o Hamas em comunicado.

No entanto, disse que estudaria melhor a proposta e entregaria sua resposta aos mediadores.

Autoridades do Hamas disseram à Reuters na segunda-feira (8) que o grupo rejeitou a proposta israelense de cessar-fogo e que não houve progresso nas negociações.

O Hamas quer que qualquer acordo garanta o fim da ofensiva militar israelense, a retirada das forças israelenses de Gaza e permita que as pessoas deslocadas retornem às suas casas em todo a Faixa.

Israel deseja garantir a libertação dos reféns capturados pelo Hamas no ataque transfronteiriço de 7 de outubro que desencadeou o conflito e neutralizar o Hamas – que governa Gaza – como uma ameaça.

O governo israelense disse que está interessado em chegar a um acordo de prisioneiros por reféns, pelo qual libertaria vários palestinos detidos em suas prisões em troca dos reféns em Gaza, mas não estava pronto para encerrar a ofensiva militar.

Com informações de Ari Rabinovitch, de Jerusalém

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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