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Ursula von der Leyen
© Olivier Hoslet/Pool via REUTERS

Líderes da União Europeia (UE) concordaram, nessa quinta-feira (27), em indicar a alemã Ursula von der Leyen para um segundo mandato de cinco anos como presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da UE.

Em encontro em Bruxelas, os 27 líderes nacionais do bloco também escolheram o ex-primeiro-ministro português António Costa como futuro presidente do Conselho Europeu, e a premiê estoniana, Kaja Kallas, como próxima chefe de política externa da UE.

O pacote de lideranças representa a continuidade no bloco de 27 países, com as facções centristas pró-UE mantendo seus postos apesar do crescimento da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu, ocorridas no começo deste mês.

O acordo foi anunciado nas redes sociais pelo atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

O trio obteve amplo apoio de líderes do continente, mas diplomatas disseram que a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, de direita, absteve-se de votar em Von der Leyen e foi contra as escolhas de Costa e Kallas.

A indicação de Von der Leyen ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu em votação secreta, algo visto como mais delicado do que seu apoio por parte dos líderes do continente.

No encontro, a UE também assinou um acordo de segurança com a Ucrânia, debateu como fortalecer as defesas do bloco contra a Rússia e definiu as prioridades estratégicas do grupo para os próximos cinco anos.

O acordo de segurança realça o apoio de Bruxelas a Kiev na resposta à invasão russa, que já entrou em seu terceiro ano. Isso ocorre apesar do avanço da extrema-direita nas eleições europeias, da incerteza criada pela convocação de eleições na França e do pleito presidencial norte-americano, em novembro.

O acordo estabelece o compromisso da União Europeia de ajudar a Ucrânia em nove áreas na política de segurança, incluindo entrega de armas, treinamento militar, cooperação na indústria de defesa e na remoção de minas terrestres.

“Esses compromissos vão ajudar a Ucrânia a se defender, resistir à desestabilização e deter futuros atos de agressão, prova mais concreta da inabalável determinação da UE de apoiar a Ucrânia no longo prazo”, afirmou Michel.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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