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Gaza. 22/06/2024  Palestinos procuram vítimas no local de ataques israelenses a casas no campo de refugiados de Al Shati, na Cidade de Gaza. REUTERS/Ayman Al Hassi
© REUTERS/Ayman Al Hassi/Proibida reprodução

Moradores da Cidade de Gaza ficaram encurralados em casas, e corpos não foram recolhidos nas ruas sob um novo e intenso ataque israelense nesta quinta-feira (11), mesmo com Washington pressionando por um acordo de paz nas negociações no Egito e no Catar.

Os militantes do Hamas afirmam que uma forte ofensiva israelense à Cidade de Gaza nesta semana poderia arruinar os esforços para finalmente acabar com a guerra, justamente quando as negociações entravam na reta final.

Lar de mais de um quarto dos moradores do enclave antes da guerra, a cidade de Gaza foi destruída durante as primeiras semanas de combate no ano passado, mas centenas de milhares de palestinos voltaram para suas casas em ruínas. Agora, mais uma vez, os militares israelenses determinaram que eles saíssem.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que há relatos de pessoas presas e outras mortas dentro de suas casas nos distritos de Tel Al Hawa e Sabra, na Cidade de Gaza, e que as equipes de resgate não conseguiram chegar até elas.

O Serviço de Emergência Civil disse que estimava que pelo menos 30 pessoas foram mortas nas áreas de Tel Al-Hawa e Rimal, e que não foi possível recuperar os corpos das ruas de lá.

Apesar das instruções do Exército na quarta-feira aos moradores da Cidade de Gaza, de que eles podem usar duas “rotas seguras” para ir para o sul, muitos moradores se recusaram a atender à ordem. Alguns postaram uma hashtag nas mídias sociais: “Nós não vamos sair”.

“Nós morreremos, mas não sairemos para o sul. Toleramos a fome e as bombas por nove meses e estamos prontos para morrer como mártires aqui”, disse Mohammad Ali, 30 anos, em mensagem de texto.

Ali, cuja família já se mudou várias vezes dentro da cidade, afirmou que estão ficando sem comida, água e remédios.

“A ocupação bombardeia a cidade de Gaza como se a guerra estivesse recomeçando. Esperamos que haja um cessar-fogo em breve, mas se não houver, será a vontade de Deus”.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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