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BNB aplica R$ 216 milhões para desenvolver cadeias produtivas locais no RN

Produtores e prestadores de serviço no Rio Grande do Norte que são atendidos pelo Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), do Banco do Nordeste (BNB), receberam crédito no valor de R$ 216 milhões, no primeiro semestre deste ano. As operações promovem o financiamento integrado e orientado. “O recurso é liberado junto com ações de capacitação, inovação tecnológica, articulação de políticas públicas e estratégias associativas. Com isso, integramos o crédito com ações para desenvolver aquele negócio do pequeno empreendedor”, explica o superintendente de Políticas de Desenvolvimento do BNB, Irenaldo Rubens.

Em toda área de atuação do Banco, que abrange estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, foram aplicados R$ 1,37 bilhão nos seis primeiros meses de 2024.

O Prodeter atua em parceria com outras instituições técnicas e de gestão para atender empreendedores do campo e da cidade. Entre as atividades atendidas estão comércio, serviço, turismo, pecuária e agricultura.

Foram desenvolvidos, na área de atuação do Banco, 116 Planos de Ação Territorial (PATs) em 88 territórios, sendo 2% localizados em comunidades quilombolas ou povos originários. Também foram alcançados resultados em 194 ações de difusão de tecnologia e inovação, contribuindo de forma abrangente com o desenvolvimento sustentável dos territórios assistidos. Irenaldo Rubens cita o exemplo de produtores de mandioca e criadores de gado para corte do Quilombola de Cajazeiras, em Santo Antônio (RN). Os 21 participantes estão se organizando para acessar financiamentos do Pronaf A e vender seus produtos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A expectativa é que haja um incremento na renda dos produtores com o decorrer do projeto.

De acordo com levantamento do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), os valores contratados geraram ou ajudaram a manter 18,2 mil empregos, propiciaram um aumento de R$ 149,2 milhões na massa salarial e incremento de R$ 35,4 milhões na arrecadação tributária.

Além disso, segundo o Etene, os recursos impactaram no incremento de R$ 777,3 milhões no valor bruto da produção e de R$ 364,9 milhões no valor adicionado à economia.

Ao todo, foram beneficiados 7.576 participantes na execução do programa, dos quais 4.666 (61,59%) são clientes do Banco, sendo que 20% dos participantes dos planos são mulheres. As contratações acumuladas em todo o período de funcionamento do Programa, iniciado em 2016, já ultrapassam a marca de R$ 7,23 bilhões. Os recursos utilizados são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Parceria com BNB fortalece produção de algodão agroecológico no RN

Governo do RN e o Banco do Nordeste firmaram convênio nesta sexta-feira 27 para modernizar e difundir o Projeto do Algodão Agroecológico Potiguar (PAAP), com o fortalecimento da cotonicultura em bases agroecológicas, promovendo capacitação, agroindustrialização e aumento da área plantada.

O objetivo é estabelecer o Rio Grande do Norte como um dos principais produtores de algodão agroecológico do país, incrementando a renda das famílias com a comercialização de produtos certificados.

Com duração de 18 meses, o projeto será coordenado e executado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Sedraf), em parceria com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater-RN), Cooperativa de Comercialização Solidária Xique-Xique (CooperXique) e a Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Potengi (Coopotengi).

“Essa agenda é inspiradora porque estamos falando de esperança e, sobretudo, da confiança em dias melhores. Com essa parceria vamos ampliar a área de produção e isso significa mais trabalho e mais renda para homens e mulheres”, celebrou a governadora Fátima Bezerra.

Ela lembrou que o algodão já foi o grande vetor da economia potiguar na segunda metade do século passado, antes de ser dizimado pela praga do bicudo. “Conheço bem essa história. Apanhei algodão quando morava em Nova Palmeira para ajudar a família. Agora, como governadora, tenho a oportunidade e alegria de trabalhar para a retomada do algodão no Rio Grande do Norte, avançando no projeto da sustentabilidade”, disse a governadora.

Pelo convênio, serão repassados R$ 2,2 milhões, dos quais 1,8 milhão pelo Banco do Nordeste e o restante pelo Governo do Estado. “Esse é um projeto de recursos não reembolsáveis, ou seja, são recursos que não serão pagos pelos beneficiários. Nós vamos financiar assistência técnica a produtores de algodão agroecológico da região Oeste Potiguar. Financiaremos maquinário para os agricultores e também duas grandes unidades de processamento do algodão”, informou o diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Aldemir Freire.

AgoraRN

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