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Migrantes caminham em caravana para chegar à fronteira dos EUA pelo México, em Huixtla
26/12/2023
REUTERS/Jose Torres
© REUTERS/Jose Torres

A quantidade de brasileiros detidos na fronteira dos Estado Unidos caiu cerca de 20% de janeiro a setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. Ao todo, 22.936 brasileiros foram apreendidos por autoridades norte-americanas tentando entrar ilegalmente no país, ante 28.657 no ano passado.

O levantamento é da AG Immigration, escritório de advocacia imigratória especializado em green cards [documento que permite viver e trabalhar nos EUA], elaborado a partir de relatórios do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês).

O Brasil foi o 17º país que mais teve cidadãos flagrados na fronteira dos Estados Unidos nos nove primeiros meses de 2024, informou o escritório. A lista é liderada pelo México (466 mil), Venezuela (165 mil) e Haiti (158 mil).

“A queda é explicada pelas políticas mais rigorosas de controle de fronteira implementadas pelo governo Biden do ano passado para cá, em razão do alto volume de pessoas que se aglomeram na região de fronteira, especialmente no México. Há ainda um componente eleitoral nesse endurecimento, visto que a administração democrata vinha sendo bastante atacada pela oposição, acusada de ser leniente com os imigrantes”, explicou, em nota, Leda Oliveira, CEO [diretora-executiva] da AG Immigration.

De acordo com a análise da AG Immigration, de todos os brasileiros flagrados tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos em 2024, cerca de 13,2 mil eram adultos que estavam sozinhos no momento da captura. Já 9,5 mil eram das chamadas unidades familiares, que consistem em ao menos um menor de idade acompanhado por pelo menos um dos pais ou responsáveis legais.

Outros 130 foram brasileiros menores de idade que estavam sozinhos no momento da apreensão, enquanto 12 casos eram de menores acompanhados de adultos que não os seus pais ou responsáveis legais.

Leda disse, ainda, que são crianças e adolescentes que estavam fazendo a travessia sozinhos ou se separaram de seus guardiões em algum momento e que, geralmente, eles vão ser recebidos por um parente ou conhecido nos Estados Unidos.

Agência Brasil

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